domingo, 20 de abril de 2025

#SendoProsperidade com Mariângela Borba

 


A complexidade do mundo é um reflexo da complexidade humana
Por Mariângela Borba

Vez em quando me vejo pensando que há muita beleza e bondade no mundo, mas também muita dor e sofrimento. É tudo muito complexo. Pode-se dizer que cada um de nós tem o potencial de fazer o bem e contribuir para um mundo melhor. Infelizmente, a grande maioria não pensa assim. Há muitas perspectivas e valores diferentes e nem todos priorizam o bem comum ou a bondade. Mas o que interessa é a nossa relação e não a de todos.

A complexidade do mundo é um reflexo da complexidade da raça humana. Nossas interações, ambições e medos moldam o mundo ao nosso redor, criando um sistema intrincado de relações e eventos. O ser humano tem uma incrível capacidade de criar e destruir. Somos capazes de construir cidades incríveis, criar obras de arte que tocam a alma e desenvolver tecnologias que transformam o mundo. Mas também somos capazes de guerras, poluição e desigualdade. Essa dualidade fascina e, ao mesmo tempo, faz questionar o nosso papel no universo. Profundo isso, né? É também algo que tem intrigado muito não apenas a mim, mas à própria humanidade por séculos. Alguns acreditam que somos apenas uma pequena parte de um plano maior, enquanto outros pensam que somos responsáveis por criar nosso próprio significado. Talvez nosso papel seja aprender, evoluir e contribuir para o bem-estar do universo de alguma forma e isso não diminui a importância de continuarmos buscando o melhor em nós mesmos e nos outros.

A raça humana é uma tapeçaria intricada, tecida com fios de bondade e crueldade, amor e ódio, esperança e desespero. Somos capazes de atos de grande altruísmo e profunda maldade. Nossa história é marcada por conquistas incríveis e tragédias devastadoras. Essas, por sua vez, são eventos que causam sofrimento em larga escala, seja por desastres naturais, guerras, pandemias ou outras calamidades. Elas revelam a fragilidade da vida humana e a nossa capacidade tanto de suportar quanto de infligir dor. De certo, há muitas perspectivas e valores diferentes no mundo, e nem todos priorizam o bem comum ou a bondade. E isso não diminui a importância de continuarmos buscando o melhor em nós mesmos e nos outros. Tem muita beleza e bondade, mas também muita dor e sofrimento. Acredito que cada um de nós tem o potencial de fazer o bem e contribuir para um mundo melhor. Cada ser humano tem valor intrínseco, independentemente de suas falhas ou imperfeições. Todos temos a capacidade de amar, aprender e contribuir de maneiras únicas. Mesmo quando erramos, podemos buscar redenção e crescimento.

Sim, acredito que o ser humano presta, com todas as suas complexidades e potencialidades, mesmo diante de algumas atrocidades. No entanto, nenhum ser humano é inerentemente merecedor da graça de Deus. A graça é vista como um dom divino concedido por amor e misericórdia, independentemente dos méritos ou ações das pessoas. É um presente que Deus oferece livremente, como um meio de reconciliação e salvação, reconhecendo a imperfeição. É vista como um amor incondicional e um favor imerecido que Ele concede aos seres humanos, oferecendo o perdão, a reconciliação e a oportunidade de uma vida plena e eterna. É um dom que nos capacita a superar nossas limitações e a viver de acordo com os princípios divinos, transformando nossas vidas e nos guiando em direção à salvação.

Ora, mas por quê um favor imerecido? Porque é concedido independentemente dos méritos ou ações das pessoas. É um presente de amor e de misericórdia oferecido livremente, sem exigir nada em troca, como um meio de reconciliação e salvação. Guardar o coração em Deus, o divino, é uma expressão de fé e entrega pessoal, vai muito além do que merecemos. Cada etapa tem um propósito essencial cheio de esperança, no qual o nascimento e a morte têm um significado profundo e interdependente. Um influencia diretamente o outro e não são apenas conectados, mas um não pode existir sem o outro em um ciclo contínuo de renovação e transformação. Ambos são transformadores e nos lembram da profundidade da vida e da importância de vivermos o momento. Afinal, como bem registrou Santo Agostinho em seu inspirador Sermão 229,1: "Jesus não teria ressuscitado se não tivesse morrido, e Ele não teria morrido se não tivesse nascido; por isso, o fato de nascer e morrer existiu em função da ressurreição."

Uma feliz Páscoa de conforto e esperança!

Mariângela Borba é professora, jornalista profissional, revisora credenciada, social media, Produtora Cultural, especialista em Cultura Pernambucana pela Fafire, fez parte da Pastoral de Comunicação da AOR e da Paróquia de Nossa Senhora do Ó e é membro da Associação de Imprensa de Pernambuco (AIP) que teve como um dos fundadores, seu bisavô, jornalista Edmundo Celso.