Durante os dois dias de programação (2 e 3 de março), o evento atraiu mais de 300 pessoas de todo o país para Recife, reunindo instituições ligadas ao sistema socioeducativo e à sociedade civil. Os participantes puderam aproveitar desde discussões relevantes, que contribuíram para a avaliação do Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo, até apresentações culturais e depoimentos que enriqueceram a reunião.
O seminário teve como destaque as contribuições de autoridades como Pilar Lacerda, secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Yanne Teles, secretária da Criança e Juventude de Pernambuco, Raissa Braga Campelo, presidente da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), e Aline Arroxelas Galvão de Lima, do Ministério Público de Pernambuco, entre outros. As discussões abordaram os avanços e desafios da implementação do Plano e permitiram um amplo debate sobre soluções para aprimorar a integração dos jovens em cumprimento de medidas socioeducativas.
Segundo Yanne Teles, da secretária Criança e da Juventude, "é fundamental que espaços como esse promovam a troca de experiências e o diálogo constante entre os profissionais, autoridades e a sociedade civil para que possamos continuar avançando na construção de um sistema socioeducativo mais eficaz."
Além das discussões técnicas, o evento contou com apresentações culturais, como o frevo do projeto Dançarte com o Case Santa Luzia, a percussão do grupo Repercussão com o Case Garanhuns e a presença do símbolo do bloco Boi Treloso que, juntos, culminaram em uma ciranda contagiante. Outro momento marcante foi o depoimento da jovem Leandra Ketllyn, egressa da Funase, hoje assistente administrativa no Parque Profissionalizante Professor Paulo Freire, que inspirou tanto as autoridades quanto os adolescentes presentes.
A fala da presidente da Funase, Raissa Braga, seguiu o depoimento dela destacando os recentes avanços da fundação: “nos últimos 10 anos, a taxa de reincidência da Funase caiu de mais de 50% para a casa dos 30%, esse resultado é um reflexo de um trabalho coletivo, sério e comprometido que estamos fazendo, sempre com foco na integração social e no acompanhamento contínuo dos nossos adolescente."
Vale ressaltar que o Sinase deu continuidade ao processo de avaliação e revisão do Plano Nacional, iniciado em 2024, com base nas escutas ativas realizadas com adolescentes, suas famílias e participantes dos seminários estaduais. A edição em Recife se consolidou como um espaço estratégico para debater os desafios, avanços e contribuições do Nordeste, buscando aprimorar o sistema socioeducativo e torná-lo ainda mais eficaz e inclusivo.
