O pontificado do Papa Francisco, iniciado em 2013, será lembrado como um dos mais transformadores da história recente da Igreja Católica. Ao longo de 12 anos, ele implementou reformas profundas, promoveu o diálogo com diferentes setores da sociedade e reforçou o papel da Igreja como defensora dos mais vulneráveis.
Uma de suas principais iniciativas foi a reforma da Cúria Romana, tornando a administração do Vaticano mais transparente e eficiente. Além disso, Francisco endureceu as normas contra abusos sexuais dentro da Igreja, estabelecendo regras mais rígidas para investigar e punir casos, demonstrando um compromisso firme com a proteção das vítimas.
Outro aspecto marcante de seu legado foi a postura inclusiva. Ao longo de seu pontificado, ele adotou um discurso acolhedor em relação à comunidade LGBTQIAP+, incentivando um olhar mais humano sobre essas questões. Também defendeu maior espaço para as mulheres dentro da Igreja e fortaleceu o diálogo com diferentes religiões.
No campo ambiental, Francisco consolidou sua visão com a publicação da encíclica Laudato Si', na qual alertou sobre os riscos das mudanças climáticas e pediu um compromisso global para a preservação do planeta. Seu posicionamento sobre o tema reforçou a ideia de que a Igreja deveria estar presente nas discussões sobre sustentabilidade e justiça social.
Além das reformas e posicionamentos progressistas, o Papa Francisco conquistou os fiéis com sua simplicidade e proximidade. Ele optou por morar na Casa Santa Marta, em vez do Palácio Apostólico, e priorizou encontros com pessoas comuns, sempre buscando estreitar laços com os mais pobres e marginalizados.
Embora tenha enfrentado resistência dentro da própria Igreja, especialmente por setores mais conservadores, Francisco consolidou uma instituição mais aberta e conectada com os desafios do século XXI. Seu impacto será sentido por décadas e influenciará o futuro do catolicismo, deixando um legado de empatia, diálogo e compromisso social.