Com suas sonoridades, rituais e figuras singulares que são símbolo da cultura pernambucana, o maracatu de baque solto, também conhecido com maracatu rural, é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan. Para difundir e contribuir com a preservação das memórias dessa manifestação artística, o mestre Manoelzinho Salustiano lança no dia 16 a websérie “Que Baque Solto, eu sou?”. Serão realizados quatro eventos de pré-lançamento, todos gratuitos e abertos ao público: no dia 11, o primeiro será às 14h, será na Casa da do Carnaval, no bairro de São José, no Recife.
Na ocasião, haverá a exibição dos vídeos da websérie, além de uma roda de conversa com Manoelzinho Salustiano e equipe responsável pela produção. Às 19h, acontece uma roda de conversa na Escola Municipal Maria Carneiro de Albuquerque, na Vila Canaã, em Araçoiaba. No dia 13, o bate-papo será às 14h30 na Associação Raio de Luz, no Sítio Açude de Pedra, em Lagoa de Itaenga; e às 18h, na sede do maracatu Estrela da Tarde, no Engenho Tomé, em Glória de Goitá. Já o lançamento será realizado no dia 16, às 19h30, através de uma live na plataforma Google Meet, no link meet.google.com/udy-xoso-thg, aberta ao público em geral e com acessibilidade em libras. A transmissão vai contar com a participação dos mestres e mestras que participam da série, além de convidados especiais.
Doutor Honoris Causa pela Universidade de Pernambuco (UPE), Manoelzinho Salustiano é um dos guardiões e expoente conhecedor do maracatu rural. Filho mais velho de Manoel Salustiano Soares, o Mestre Salu, e Tereza Maria Soares, desde cedo teve contato com o universo das brincadeiras populares: cavalo-marinho, maracatu, ciranda, mamulengo, caboclinho, boi, burra e coco. Ele traz para a série seu olhar de quem tem uma profunda vivência, tanto como brincante, como articulador e antigo diretor da associação dos maracatus de baque solto. “A ideia da websérie surge do desejo de preservar as histórias e tradições do maracatu de baque solto, através da oralidade dos próprios mestres, trazendo protagonismo para eles. Eles têm muito a contar”, explica Manoelzinho Salustiano. “Cresci ouvindo do meu pai ‘escute os mestres mais velhos, eles sempre têm novidade’”, conta. “Buscamos convidar mestres e mestras e várias localidades, para mostrar as diferenças regionais e que está tudo bem haver diferenças. A cultura popular não tem dono, é coletiva”.
Em seus seis episódios, “Que Baque Solto, eu sou?” promove o reconhecimento e a valorização das identidades desses mestres e mestras, sendo protagonistas destas narrativas, com suas oralidades e vivências nos terreiros, preservando a memória ancestral, em conversas conduzidas por Manoelzinho Salustiano. A série traz relatos de nomes como Dona Maria Viúva, representante do Maracatu Estrela da Tarde, Glória do Goitá, e dona do único maracatu de buzina em atividade no Estado; e Mestre Zé Flor, do Maracatu Leãozinho de Itaquitinga. Também participam Mestre Jó - Josiel Severino dos Santos, do Maracatu Galo Dourado de Lagoa de Itaenga; e mestre Jaime Viana, caboclo de lança de Tracunhaém. A websérie será disponibilizada no canal do YouTube de Manoelzinho, https://www.youtube.com/@ManoelzinhoSalustiano. O projeto tem coprodução do Instituto Casa Astral e incentivo do Funcultura através da Fundarpe e Governo de Pernambuco. O lançamento conta com apoio da UPE, através do Laboratório de Estudos da Religião.
*Serviço:*
_Websérie “Que Baque Solto, eu sou?”, de Manoelzinho Salustiano_
_Classificação etária: Livre_
*Pré-lançamentos:*
11 de abril (sexta), às 14h na Casa do Carnaval (Pátio de São Pedro, Casa 52, bairro de São José, Recife) e às 19h na Escola Municipal Maria Carneiro de Albuquerque (Vila Canaã, S/N – Araçoiaba)
13 de abril (domingo), às 14h30 na Associação Raio de Luz (Sítio Açude de Pedra, Centro - Lagoa de Itaenga) e às 18h, na sede do maracatu Estrela da Tarde (Engenho Tomé, Zona Rural - Glória do Goitá)
*Lançamento:*
16 de abril (quarta), às 19h30, através do Google Meet (meet.google.com/udy-xoso-thg)