De acordo com dados do Ministério da Previdência, os afastamentos do trabalho por doenças como ansiedade e depressão triplicaram nos últimos dez anos no Brasil. Em 2015, foram registrados 90 mil casos, enquanto em 2024 esse número ultrapassou 307 mil. O total de afastamentos por doenças mentais, incluindo transtornos como ansiedade e depressão, chegou a 440 mil no ano passado.
Esse aumento reflete as crescentes dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores, especialmente após a pandemia de covid-19, que agravou a pressão no ambiente de trabalho e impactou a saúde mental de muitos profissionais. Mudanças nas condições organizacionais, como falta de flexibilidade, excesso de tarefas e falta de suporte emocional, afetaram diretamente o bem-estar dos colaboradores.
Diante desse cenário, a Comunicação Não Violenta (CNV) surge como uma solução para promover um ambiente mais saudável e produtivo. Rosa Miranda, comunicóloga especializada em CNV e gestão de crises, sugere que as empresas adotem estratégias de comunicação que fortaleçam relações e melhorem o clima organizacional. A CNV facilita a interação entre líderes e equipes, criando espaços de diálogo respeitosos e colaborativos.
"Uma comunicação clara e empática transforma o ambiente de trabalho, prevenindo o desgaste emocional e promovendo uma cultura organizacional mais saudável", afirma Rosa Miranda. "A CNV ajuda na resolução construtiva de conflitos e na construção de relações mais produtivas."
Implementar práticas de CNV nas empresas é fundamental para reduzir o estresse, promover o bem-estar dos colaboradores e criar um ambiente de trabalho mais equilibrado e colaborativo.
