A importância de construir redes de apoio
Por Mariângela Borba
Olá você leitor do #SendoProsperidade aqui pelo blog da Taís Paranhos, tudo bem? Na coluna de hoje vamos falar sobre redes de apoio, estas que ao longo da vida são essenciais para nosso bem-estar, especialmente em momentos difíceis. Quem é o seu apoio? Você é apoio de quem? É disso que falo.
Como exemplo, trago para você o caso do ator Gene Hackman, que possivelmente não percebeu a morte de sua esposa devido ao Alzheimer, destacando como ter pessoas ao redor é fundamental. Quando eu li a notícia de que Gene Hackmann e sua esposa Betsy Arakawa tinham sido encontrados mortos em sua casa, no Novo México, imediatamente pensei num crime. Logo, o que as autópsias revelaram foi algo muito diferente: Betsy, de 65 anos, provavelmente morreu no dia 11/02, durante uma virose. O que se especula é que Hackmann, de 95 anos, e com alzheimer avançado talvez não tenha entendido que a mulher havia falecido, assim como ninguém sabia dizer se o ator conseguiria cuidar de si mesmo. O que se sabe é que a morte dele aconteceu uma semana depois, no dia 18/02. Os dois foram encontrados no dia 26/02 por um funcionário que achou estranho ninguém atender a porta.
Confesso que fiquei pensando nessa situação: aonde estavam os filhos, os familiares, os vizinhos? Como ninguém havia dado falta deles? E, principalmente, como evitar que outras situações assim ocorram? A única coisa que me vem à mente é: a importância de construir redes de apoio. Essas redes podem ir além de familiares e amigos, podem incluir pessoas do cotidiano, mesmo, como o porteiro ou a faxineira, que desempenham papéis cruciais em nossa vida.
As redes são fundamentais na velhice por questões sociais e emocionais, para que sejamos nutridos emocionalmente. Esse, inclusive é o aspecto mais importante dos relacionamentos - na minha opinião. Um conhecido próximo, por exemplo, de 70 anos, tinha um acordo com um segurança da rua: “olha, se o meu carro estiver na garagem, já passar das 11h da manhã e minha janela estiver fechada: verifique.” Ele também atualizava, diariamente, o seu perfil no Facebook, postando todos os dias alguma coisa, para que as pessoas notassem quando ele não postasse nada. E foi justamente essa rede que percebeu que em maio/2023 ele já não estava mais entre nós.
Por fim, deixo meu apelo: invistam nas redes de apoio para que nós tenhamos apoio, mas que também sejamos apoio na vida de alguém. Manter essas conexões é vital para enfrentar os desafios da vida. Como você tem mantido suas redes de apoio?
Mariângela Borba é professora, jornalista profissional, revisora credenciada, social media, Produtora Cultural, especialista em Cultura Pernambucana pela Fafire e membro da Associação de Imprensa de Pernambuco (AIP) que teve como um dos fundadores, seu bisavô, jornalista Edmundo Celso.
