Seguindo a proposta de viabilizar conteúdos de cursos profissionalizantes para adolescentes que estão cumprindo medida socioeducativa na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), o Parque Profissionalizante Professor Paulo Freire está promovendo o curso de Introdução ao Design Gráfico nos Centros de Internação Provisória (Cenips). O ciclo formativo concluído recentemente, ocorreu no Cenip Recife, ao longo do mês de março, beneficiando 12 adolescentes.
A formação é uma versão adaptada do curso de Design Gráfico, promovido pelo Parque, e visa atender à realidade dos adolescentes que estão cumprindo medida de internação provisória. Apesar
da carga horária reduzida, a capacitação possui uma formação introdutória integral e completa, baseada no curso já ofertado no Parque, além de garantir certificado reconhecido pelo Centro de Integração Empresa Escola de Pernambuco (CIEE).
De acordo com o coordenador do Eixo Profissionalização da Funase e gestor do Parque, Valdir Peixoto, a finalidade da formação é apresentar o design gráfico aos jovens como uma alternativa profissional, além de ensinar habilidades que podem ser úteis em qualquer área no mercado de trabalho. “Nosso objetivo é justamente capacitar de forma introdutória e despertar o interesse do adolescente pela área possibilitando que ele tenha um primeiro contato com as possibilidades de atuação profissional dentro desse mercado e capacitá-lo a dar o primeiro passo nessa profissão”, explica o gestor.
“Participei desse curso e também do de fotografia quando teve e foi bem legal. Eu acho que esses cursos podem me ajudar no futuro porque são profissões interessantes, quando sair daqui eu quero estudar, fazer um curso mais extenso de design ou fotografia. Espero um dia me tornar professor e dar uma vida melhor para minha família”, relata o adolescente, A.L., de 15 anos, sobre sua experiência com os cursos.
Maurilio da Cunha, professor do curso de Design Gráfico nos Cenips, conta sobre a importância dos socioeducandos receberem a chance de conhecer a área: “O curso não exige formação técnica completa, então com conhecimento básico em informática e design gráfico, já é possível atuar em uma gráfica. O mercado de trabalho para design gráfico é amplo e receptivo, permitindo que os adolescentes cresçam e se especializem”.
O planejamento ao longo do ano é que, além do curso de Design Gráfico e da oficina de Fotografia, o Parque Profissionalizante também adapte outros cursos e formações, entretanto, sempre dentro dessa perspectiva de uma formação introdutória a fim de despertar o interesse para a área profissional preparando os socioeducandos para o mercado de trabalho.
