Frio na barriga e emoção de pai para filhos: descida do Homem-Aranha encanta foliões no Carnaval de Olinda

 

Já é tradição! Domingo de Carnaval em Olinda é dia do “Enquanto Isso na Sala de Justiça” e a descida do Homem-Aranha da Caixa D’Água da Compesa, no Alto da Sé. Se por um lado a aventura do super-herói já está consagrada na folia, há visitantes de “primeiras viagens” que se encantaram com a festa. O Homem-Aranha Jaú de Oliveira, que desce a Caixa D’Água há 16 anos (com pausa de dois por conta da pandemia), revela que, mesmo com tanta experiência, ainda fica ansioso para descer os 20 metros em aproximadamente dois minutos. Na ação deste domingo (02), o “Spider Man” protagonizou uma cena de briga durante a exibição com um vilão.

“É uma adrenalina correndo nas veias muito grande, muito intensa. E ainda mais o calor, não digo nem o calor mesmo do sol, mas o calor do nosso frevo, que é muito bom, muito gostoso. E dá aquela adrenalina, aquele sangue quente, cara, correndo. Ainda mais uma aventura vertical. Mas a equipe é preparada, a gente está bem equipado, bem preparado para fazer essa performance”, disse o Homem-Aranha.

AMOR PELO CARNAVAL DE PAI PARA FILHO

Se tinha Homem-Aranha descendo a Caixa D’Água de um lado, no chão, um pequeno “Spider Man” olhava tudo atentamente. O jovem Henrique, de apenas 3 anos, admirou a performance de Jaú, na companhia do pai, Emílio Melo, e da irmã, Bruna, de 9 anos. Emílio não escondeu a emoção de estar ao lado dos filhos no Carnaval e fez uma promessa: quer repassar a tradição de curtir a folia em Olinda para as próximas gerações.

“Eu frequento o Carnaval de Olinda desde os meus 16 anos, 1994. E aqui eu sempre venho, sempre estou presente no Enquanto Isso na Sala de Justiça. Além de eu adorar estar aqui, eu ainda tenho uma intenção por trás, que seria cultivar essa memória afetiva neles, que eu tenho da minha infância, da minha adolescência. E para que um dia eles tragam os filhos deles aqui e tenham o mesmo prazer que eu tenho, e que isso se perpetue como o Carnaval da gente deve ser, assim, eterno”, falou Emílio, que é médico..

Fotos: Marconi Meireles/ Prefeitura de Olinda