O dia 31 de março celebra o Dia Mundial do Backup. Backup é o procedimento de fazer cópias de segurança dos arquivos e armazená-las em um diretório, sejam dispositivos físicos (tais como servidores locais) e/ou a nuvem. A data alerta para a importância de proteger os dados e minimizar os riscos que podem acarretar danos, violações e mesmo a perda completa de informações valiosas. Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), quase 4 mil telefones celulares foram furtados ou roubados nos dois primeiros meses de 2025 em Pernambuco. Durante todo o ano de 2024, foram 26.367 telefones roubados no estado. Além disso, de acordo com informações do site oficial do Dia Mundial do Backup:
• 29% dos desastres de dados são acidentais;
• 30% das pessoas nunca realizaram um backup;
• 1 em cada 10 computadores são infectados com um vírus a cada mês.
Perder arquivos e dados valiosos, de forma irrecuperável, é um grande pesadelo para aqueles que perdem suas memórias e informações pessoais. Para as organizações, entretanto, muitas vezes tudo é ainda mais grave: a perda/violação de dados pode colocar a privacidade dos clientes e a estabilidade do negócio em sério risco.
“O backup, portanto, é uma medida fundamental de segurança que muitas vezes garante não apenas a disponibilidade das informações, como também a própria sobrevivência dos negócios”, alerta Alberto Oliveira, CEO da empresa de cibersegurança TrueSec Security Experts. “Dessa forma, informações importantes podem ser recuperadas a qualquer momento caso ocorra um imprevisto (como ataques hacker, exclusão acidental, quedas de energia, pane na infraestrutura de TI, falhas técnicas gerais e perda de equipamentos, entre outros”.
Oliveira ressalta que muitas empresas até fazem backup, mas seus processos não tem constância, monitoramento e/ou qualidade. “Muito mais do que apenas fazer as cópias de segurança, é preciso acompanhar todo o processo para identificar possíveis falhas e criar as melhores estratégias”, pontua. “É preciso fazer algumas perguntas-chave antes de implementar uma estratégia de backup na empresa, como quais são os dados mais importantes e críticos, quais equipamentos e tecnologias serão aplicados, capacidade de armazenamento necessária, e quem ficará responsável pela execução e pelo acompanhamento do processo”.
Basicamente, o backup pode ser feito de duas maneiras: o backup que é armazenado em dispositivos físicos (como servidores locais, pendrive, HD externo) e o backup na nuvem. A primeira opção, mais antiga e tradicional, perde em muitos quesitos. Isso porque, armazenadas em ambientes físicos, as cópias de segurança ficam vulneráveis à perda, roubo, desastres naturais (que podem ocasionar queda de energia e panes gerais), falhas técnicas e exclusão acidental de arquivos por parte de algum funcionário, para citar alguns exemplos.
Grande advento da cloud computing, o backup na nuvem passou a ser ferramenta fundamental em se tratando da proteção de dados. Nessa modalidade, as cópias dos dados são armazenadas em servidores remotos, também baseados em nuvem, utilizando um link da internet. O backup na nuvem, em outras palavras, salva as informações de forma externa, por meio da web. Esse tipo de backup traz inúmeras vantagens, incluindo segurança, custo-benefício (você paga apenas pelo espaço utilizado da nuvem), escalabilidade, acessibilidade e facilidade de gestão.
“A princípio, o backup na nuvem é a opção mais recomendada pelas empresas, que geralmente têm um grande volume de informações críticas. O ideal, entretanto, é que as empresas aliem ambas as estratégias, associando o backup na nuvem a uma forma de armazenamento físico (em geral, servidores locais)”, explica o especialista. “Dessa maneira, a segurança dos dados fica garantida e as informações permanecem disponíveis durante quaisquer crises, problemas ou imprevistos”.