sexta-feira, 14 de março de 2025

Dia da Incontinência Urinária: saiba como funciona tratamento gratuito ofertado pelo Hospital da Pessoa Idosa, no Recife


Caracterizada pela perda involuntária de urina, a incontinência urinária é um problema que afeta principalmente as mulheres, e acarreta, no caso de pessoas idosas, risco à saúde e à segurança. O Dia Mundial da Incontinência Urinária, lembrado anualmente em 14 de março, tem o objetivo de conscientizar a população sobre a condição. No Brasil, estudos apontam que a prevalência de incontinência urinária entre idosos residentes em área urbana varia de 31,1% a 69,5% entre as mulheres e 17% a 30,5% para homens.  

O Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), unidade ligada à rede municipal da Secretaria de Saúde do Recife, oferta tratamento com fisioterapia pélvica para pacientes que apresentam o problema.  

O acesso ao serviço é realizado via central de regulação do município. "Aqui no HECPI tratamos pacientes com várias disfunções pélvicas, mas a incontinência urinária é a mais frequente. Inicialmente, realizamos uma triagem, conduzimos uma anamnese para entender as queixas e o problema e preenchemos uma ficha de avaliação. Após esse processo, a paciente aguarda ser chamada para dar início ao tratamento”, detalha a fisioterapeuta pélvica do HECPI, Clara Barros.  

Existem três principais tipos de incontinência urinária: de esforço, de urgência e a mista, que é uma soma dos dois. “A incontinência de esforço pode acontecer por conta de uma disfunção muscular do assoalho pélvico, e alguns dos fatores de risco são obesidade, gestação e a idade. Por isso ela é mais frequente em idosos, mas qualquer pessoa pode desenvolver o problema. Já a incontinência de urgência costuma estar mais relacionada à bexiga, podendo ser uma hiperatividade ou irritação do órgão. É importante realizar uma avaliação para identificar o tipo e qual o tratamento mais adequado”, explica a profissional. 

Os incômodos causados pela incontinência urinária podem interferir significativamente na qualidade de vida do paciente. “No caso dos idosos, existe também o risco de queda, pois quando a perda de urina é muito grande o chão pode ficar úmido, aumentando o risco de queda e assadura. Fora o incômodo de precisar usar fraldas e o cheiro desagradável. Muitas vezes eles deixam de sair, de viajar, de viver a vida por conta do problema”, aponta.  

Os atendimentos são realizados de segunda a sexta-feira, das 07 às 13h, e as pacientes realizam um atendimento semanal, durante 10 semanas.  

O tratamento envolve exercícios pélvicos, liberação muscular, além de utilização de equipamentos específicos, conforme a necessidade do caso. A resposta ao tratamento varia conforme a adesão do paciente.  

“Cada paciente vai ter seu tempo, mas normalmente entre duas e três consultas ele já começa a perceber a melhora. No entanto, a evolução também depende muito da adesão do paciente ao tratamento, pois existem vários exercícios que devem ser realizados em casa e que interferem no tempo e efetividade do resultado”, conclui a fisioterapeuta.