*Por Mariângela Borba
Olá leitor do #SendoProsperidade aqui pelo blog da Taís Paranhos, tudo bem? Na coluna desta semana quero indagar você com uma pergunta simples: já deu para notar que o luxo está mudando e se apresentando com menos exibição e mais identidade? Menos posse, mais experiência? Sabe, ultimamente dá para se afirmar que status não se mede pelo preço, mas pelo significado. O verdadeiro luxo não está na ostentação, mas na forma como somos acolhidos, despertamos memórias e criamos experiências. É aí que mora o grande status.Em outras palavras, o luxo morreu! A forma que acreditávamos, no passado, do luxo ser sinônimo de ostentação, símbolo de exclusividade, potência e poder, está falida. O que antes era referência de valor, hoje se tornou efêmero e vazio. O verdadeiro diferencial está na experiência.
Como exemplo, vou trazer a Dior e a Fernanda Torres, a diva do cinema dessa nova geração. Ora, mas daí você pode perguntar: por que Fernanda Torres e Dior, o que elas representam?
A Fernanda Torres nunca precisou ostentar, mas se tornou referência de sofisticação justamente por isso. Ela não precisa de validação externa para ser reconhecida - sua presença fala por si. Então, por que a Dior se aproximou dela no BAFTA Filmes Awards, onde a atriz, despretensiosamente, alcançou o status de ser a primeira brasileira a vestir um look sob medida da marca?
Ora, mais do que um vestido, a escolha da marca representa um movimento do luxo: menos ostentação, mais significado e isso consolidou a Fernanda como um ícone da elegância autêntica.
É por isso que marcas já consolidadas como a Dior, dentre outras, estão se alinhando a personalidades como Fernanda Torres, que carregam significado e não só status. O consumo de luxo mudou! As marcas perceberam que status não se constroi apenas pelo preço, mas pela experiência. O luxo tradicional exibia riqueza; já o luxo silencioso refinou a estética e, enquanto é invisível, transforma percepção em significado. Sendo assim, o que importa não é possuir, mas a forma como se vive.
E como aplicar isso aos espaços que habitamos? Ora, de maneira simples, pois o luxo invisível não está no que é mostrado, mas no que é sentido. A verdadeira sofisticação está na escolha consciente e não na quantidade, uma vez que o novo luxo está nos detalhes, o luxo invisível está na experiência (extra)sensorial onde a percepção vai além do que se vê. E cito aqui aquela velha máxima: menos é mais!
Ora, se até Dior percebeu essa mudança, por que você ainda insiste na lógica de medir o luxo apenas pelo preço que, há muito, já ficou para trás? O verdadeiro luxo é como o amor: não se compra - se sente, se vive e se experimenta. Saiba vivenciá-lo também. Afinal, como seres humanos, somos portadores de diversos vieses, o que exige vigilância para evitarmos armadilhas.
Nessa era digital atual, muitas vezes baseada em inteligência artificial, há uma abundância de conteúdos sobre questões estruturais. Mas, como o próprio nome já sugere, é artificial. Então, é necessário reconhecer que a mudança por meio do aprendizado é lenta, é crucial expandir nosso leque de referências, é preciso buscar alianças e estabelecer novas conexões além das tradicionais. O convívio nos permite abraçar o diferente, moldar novas formas de interação e, sobretudo, reconhecer e valorizar a diversidade. As mudanças e evoluções não podem ocorrer dentro das bolhas reforçadas pelas redes sociais com as quais interagimos. Reconhecer isso é o verdadeiro luxo!
Mariângela Borba é professora de línguas inglesa e portuguesa, jornalista profissional, revisora credenciada, social media, Produtora Cultural, especialista em Cultura Pernambucana pela Fafire e membro da Associação de Imprensa de Pernambuco (AIP) que teve como um dos fundadores, seu bisavô, jornalista Edmundo Celso.
Foto Fernanda Torres: @Cella_Marco