As torcidas organizadas de Santa Cruz e Sport protagonizaram cenas de violência no sábado (1º), deixando pelo menos 12 feridos, encaminhados ao Hospital da Restauração, no Derby, Recife. Um homem foi violentado sexualmente enquanto estava desacordado.
As imagens amplamente divulgadas no país expõem, mais uma vez, a fragilidade do sistema de segurança e a ausência de políticas públicas eficazes para conter a criminalidade em Pernambuco. O clima de medo esvaziou as ruas da capital, e relatos de pânico tomaram as redes sociais.
Diante da gravidade dos fatos, o governo do estado proibiu torcidas organizadas nos próximos cinco jogos de Santa Cruz e Sport. O Ministério Público de Pernambuco também recomendará o cadastramento biométrico dos torcedores.
A CUT Pernambuco repudia veementemente essa barbárie, resultado da impunidade e da falta de ações concretas. A violência das torcidas organizadas não é novidade e só será contida com medidas de inteligência e punições efetivas. Respostas frágeis apenas perpetuam o problema.
Para muitos, integrar uma organizada é uma forma de pertencimento em uma sociedade marcada pela desigualdade e falta de oportunidades. No entanto, a violência não pode ser normalizada. Cabe ao poder público garantir segurança dentro e fora dos estádios, nos transportes e vias de acesso.
Os confrontos entre torcidas são, muitas vezes, agendados pelas redes sociais, onde também se exibem atos de destruição. É urgente adotar soluções definitivas, como em outros países, para que o futebol siga sendo a alegria do povo, e não refém da violência.
Exigimos soluções definitivas como aconteceu em outras cidades e países. A violência dentro e fora dos estádios de esportes não pode tomar o lugar do Estado e nem pode ser banalizada pelos gestores públicos.
Basta!
Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco
