Eles contam com o conhecimento científico, a técnica e a agilidade para salvar vidas. Os profissionais que compõem a equipe de ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) são médicos, profissionais de enfermagem e condutores.
O problema é que não há profissionais de medicina suficientes para atender à demanda. Diferente da enfermagem, que é a maior categoria de saúde do país e tem muita capilaridade.
Essa temática foi objeto de discussão na manhã desta quarta-feira (11), na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe). O encontro foi coordenado pelo deputado estadual Gilmar Júnior (PV) e contou com a presença de representantes do Cremepe, governo do estado, autoridades de várias partes do Brasil, bem como de profissionais de enfermagem.
Uma das convidadas foi Marisa Malvestio, membro da Câmara Técnica de Enfermagem do Cofen, que trouxe uma informação importante: no Nordeste, o atendimento avançado é realizado, na maioria dos casos, sem a presença médica: em 55% deles quem atende é o enfermeiro. E se assim não fosse, muitas vidas teriam sido perdidas.
Na contramão dessa realidade, o Conselho Federal de Medicina conseguiu, junto à Justiça, suspender, em caráter provisório, normativas do Cofen que versam sobre as condutas da enfermagem no Samu. Uma decisão que, de acordo com a categoria da enfermagem, limita a atuação das equipes e prejudica o atendimento à população.
“Aqui em Pernambuco precisamos criar o Serviço Intermediário à Vida, garantindo a presença do enfermeiro, junto ao técnico de enfermagem e ao condutor. Espero que esta Casa aprove, com celeridade, o meu Projeto de Lei, que versa sobre o SIV e que tramita desde 2023. Além disso vamos enviar o relatório da audiência para o Ministério da Saúde, o governo do estado e todos os municípios pernambucanos. Depois dessa iniciativa aqui na Alepe, tenho certeza que essa discussão se estenderá por todo o Brasil!”, concluiu Gilmar Júnior.