sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Desempenho escolar: mais de 200 socioeducandos na Funase realizam Enem e avaliações neste final de ano


Ampliando os horizontes educativos de adolescentes que se encontram cumprindo medida socioeducativa, a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) garantiu aos socioeducandos, o direito de usufruir da educação em sua totalidade através da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL). A instituição comemora os mais de 90 adolescentes inscritos no exame, que ocorreu nos dias 10 e 11 de dezembro, em unidades socioeducativas de todo estado.

Além do Enem, os adolescentes também participaram, no início de dezembro, do Exame Supletivo. Com um total de 272 socioeducandos inscritos, a avaliação também ocorreu nas unidades socioeducativas distribuídas por Pernambuco e teve como objetivo avaliar os conhecimentos educacionais que foram desenvolvidos em ambientes e circunstâncias distantes dos espaços de aprendizagem regulares para pessoas que, por alguma razão, não conseguiram concluir o nível fundamental ou médio em tempo hábil.

Já no final de outubro, os socioeducandos também realizaram o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), prova similar ao Supletivo, que teve um total de 230 adolescentes inscritos. Ambos exames visam avaliar o conhecimento de jovens e adultos que tiveram seu processo educacional atrasado ou interrompido, possibilitando assim, a conquista do certificado de conclusão escolar.

Vale ressaltar que todas as avaliações dos socioeducandos acontecem na modalidade para pessoas privadas de liberdade, que é um direito que garante às pessoas que se encontram em privação de liberdade, a chance de realizar provas e avaliações dentro de suas particularidades. Dessa forma, as unidades socioeducativas de internação e casas de semiliberdade que possuem inscritos disponibilizam estruturas adequadas e suporte pedagógico para a realização das provas, respeitando as diretrizes específicas dessa modalidade. A iniciativa busca assegurar o direito à educação, promovendo a continuidade dos estudos e contribuindo para o desenvolvimento pessoal e social dos socioeducandos, mesmo em situação de privação de liberdade.

“Esses exames são uma etapa significativa para muitos, pois representa uma chance de retomar e concluir a educação formal ou até mesmo ingressar no ensino superior, o que pode abrir portas para novas oportunidades de trabalho e crescimento pessoal”, comenta a coordenadora operacional do Eixo Educação da Funase, Bárbara Fragoso, que também pontua: “Além disso, também servem como um parâmetro nacional para avaliar e melhorar a educação de jovens e adultos no Brasil, reforçando seu papel na promoção da inclusão educacional e social”.

A participação, embora não seja obrigatória, é incentivada como oportunidade de continuidade educacional e acesso ao ensino superior ou à qualificação profissional. O número de inscritos reflete o trabalho das equipes pedagógicas em promover a educação como caminho para a reintegração social e um futuro mais promissor.