"Muitas vezes, o segredo não está na marca, mas no laboratório." Essa é a visão da jornalista Paula de Társsia, que confia nos medicamentos genéricos tanto quanto nos de marca. Para ela, o que importa é a fórmula e a eficácia do tratamento, não o nome no rótulo. Paula compartilha sua experiência positiva com o uso de genéricos, ressaltando que sempre opta pelo que cabe no bolso, desde que seja recomendado por um médico.
De acordo com a Anvisa, os medicamentos genéricos representaram 38,32% do total de medicamentos vendidos no Brasil em 2023 . Isso mostra que, aos poucos, a população tem se conscientizado sobre a eficácia e segurança desses medicamentos, aproveitando a economia que eles proporcionam. Mesmo assim, quando surge a dúvida sobre levar ou não um medicamento genérico em vez de um de marca, muitas pessoas ainda ficam com medo de a versão mais barata não ter o mesmo efeito.
O farmacêutico da Wyden, John Eric, esclarece que os medicamentos genéricos são idênticos aos de referência, tanto no princípio ativo quanto na dose e forma farmacêutica. “Não há alterações na forma de tomar, na indicação ou na via de administração. Na ausência do medicamento de referência, o genérico pode ser utilizado sem qualquer prejuízo ao tratamento”, explica.
A jornalista Paula conta que sua mãe, como muitos brasileiros, ainda têm receio de que o genérico não seja tão eficaz quanto o medicamento de referência. Mas é importante saber: a segurança e a qualidade dos medicamentos genéricos são garantidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). John Eric afirma que “antes de chegar ao consumidor, o genérico passa por testes rigorosos de qualidade para atestar sua bioequivalência no corpo, ou seja, sua absorção, concentração e velocidade, além de se a composição é idêntica ao medicamento de origem”. Assim, esses medicamentos são testados e produzidos exatamente da mesma forma que os de referência, com a mesma eficácia e segurança.
O farmacêutico da Wyden explica, ainda, porque os medicamentos genéricos são mais baratos: “O medicamento de referência passou por anos de estudos e pesquisas, que são protegidos por patentes. Quando a patente expira, outros laboratórios podem fabricar o mesmo medicamento, sem os mesmos custos de pesquisa, só os de produzir a fórmula e distribuir. Por isso, o genérico termina saindo mais barato”, explica.
O profissional enumera ainda as diferenças entre genéricos e medicamentos similares. Embora ambos tenham o mesmo princípio ativo, John Eric explica que o similar pode ter diferenças no tamanho, forma, embalagem e prazo de validade, entre outros aspectos. “Ele deve ser identificado por um nome comercial, ao contrário do genérico, que leva o nome do princípio ativo”, afirma.