terça-feira, 5 de novembro de 2024

Novembro Laranja: Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido acontece no dia 11 de novembro, em evento aberto ao público, no Parque da Jaqueira


O zumbido é um sintoma – e não uma doença específica – e pode ter uma ou várias causas. A percepção sonora pode aparecer em qualquer idade, inclusive nas crianças, mas é mais frequente na terceira idade. No Brasil, ocorre em cerca de 25 a 28 milhões de pessoas e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 20% da população mundial têm algum grau de deficiência auditiva ou sofre com zumbido. Para alertar a população foi criado o Novembro Laranja, movimento que promove anualmente a Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido. No Recife, a ação acontece no dia 11 de Novembro, Dia Nacional de Conscientização sobre Zumbido, das 7h às 11h, no Parque da Jaqueira, onde a otorrinolaringologista Lívia Noleto, que é também otoneurologista e especialista em zumbido, vai orientar a população gratuitamente, junto com uma equipe multidisciplinar de saúde.

Dentro do tema, informações sobre outros dois sintomas comuns, mas que podem passar despercebidos pelos pacientes: a misofonia, que diz respeito ao incômodo aos sons baixos e repetitivos – mastigar chicletes, maçãs, lixar as unhas, tomar sopa, clique de caneta, gotas de água, salto alto, arrastar chinelo, roncos, fungados, respiração e digitação; e a hiperacusia, a sensibilidade aos sons de intensidade leve à moderada, com desconforto físico. 

De acordo com a Dra. Lívia, o zumbido é um sintoma de futuras perdas de audição e, na maioria dos casos, está associado aos hábitos da vida moderna. “Um deles é o mau uso do fone de ouvido, em volumes muito altos. Outro é o excesso de contato com celular em ligações demoradas, com mais de uma hora de duração”, explica. A alimentação também interfere neste problema. “Longos períodos em jejum, deixar de tomar o café da manhã, exceder em doces e café podem causar zumbido no ouvido”, afirma a especialista. 

Ainda de acordo com a profissional, é preciso lembrar que a perda auditiva tem efeito cumulativo, ou seja, vai se agravando ao longo do tempo. “Quanto mais cedo a pessoa começar a ter contato com o som muito alto, mais cedo ela vai ter esse sintoma, além da predisposição genética” – avisa. Produzido dentro do ouvido interno e provocado pela hiperatividade das células auditivas, o zumbido atormenta o paciente que se queixa dessa sensação. “As células estão super estimuladas e produzem estes ruídos que são percebidos dentro da cabeça”, explicou.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO – Além das causas externas, o zumbido pode ter inúmeras causas, de doenças como diabetes, hipertensão arterial e até alterações metabólicas. Para confirmar o diagnóstico do zumbido, misofonia ou da hiperacusia, é realizado o exame auditivo. “É importante que seja feita uma audiometria. Esse exame vai revelar se a pessoa tem perda auditiva e a partir daí, vamos saber como proceder com o tratamento correto para evitar o agravamento do problema”, explicou a especialista, que ainda informou que, além da audiometria, o médico Otorrinolaringologista solicita um exame de sangue para investigar possíveis fatores ligados ao zumbido, como colesterol alto, diabete e síndrome metabólica. Em relação ao tratamento, ele existe e está atrelado, também, a uma dieta balanceada e mudanças de hábitos.

Serviço:
Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido
Quando: 11 de novembro de 2024 (segunda-feira)
Hora: 7h às 11h
Local: Parque da Jaqueira (R. do Futuro, s/n – Graças, Recife – PE)
Dra. Lívia Noleto – Instituto Rezende Oliveira Av. república do Líbano, 251, Torre B, sala 1004, Pina, Recife
Fone: (81)3125.0477//4102.0477
@iro_pe