Morreu ontem (03/11), aos 91 anos, o maestro, arranjador musical, produtor de artistas como Michael Jackson e Milton Nascimento, e lenda da música Quincy Jones. E ficou mundialmente conhecido por produzir o álbum Thriller de Michael Jackson. Ao longo de sua carreira, ele ganhou 28 prêmios Grammy e foi nomeado um dos músicos de jazz mais influentes do século 20 pela revista Time.
Nascido em Illinois, Chicago, Jones descobriu a música na escola primária o que o levou a aprender trompete. Quando tinha 10 anos, sua família se mudou para Bremerton, Washington, onde ele fez amizade com o jovem Ray Charles, que mais tarde lhe ensinou braille. Os dois formaram um duo e tocaram em casamentos locais e em clubes de jazz onde hoje é conhecido como Pioneer Square distrito de Seattle
Parceria com Jackson - Enquanto trabalhava no filme The Wiz, Jones conheceu Michael Jackson, que lhe pediu conselhos sobre qual produtor Quincy indicaria para trabalhar com ele em seu próximo álbum em carreira solo. Surpreendentemente, o nome que Quincy indicou foi o seu próprio. Formou-se ali a dupla de maior sucesso do mundo da música.
O primeiro disco de Jackson com colaboração de Quincy, Off the Wall (1979), vendeu 40 milhões de cópias, se tornando um dos mais aclamados discos de música negra do século XX. O trabalho seguinte, Thriller (1982), alcançou um sucesso sem precedentes, vendendo 100 milhões de cópias e tornou-se o álbum mais vendido de todos os tempos. Jones também trabalhou no terceiro álbum solo de Jackson, intitulado Bad (1987), que vendeu 30 milhões de cópias mundialmente, e se firmou durante algum tempo como o segundo álbum mais vendido da história..
USA For Africa - Após a cerimônia de 1984 do Grammy Awards, Jones usou a sua influência junto a de Jackson para reunir os maiores artistas americanos em um estúdio para gravar a legendária canção We Are The World a fim de angariar fundos para as vítimas da fome na Etiópia. Quando as pessoas se espantaram com sua habilidade para fazer com que todos trabalhassem unidos, Jones explicou que ele apenas deixou uma placa na porta dizendo: "Deixe seu ego na porta".
Ativismo social - O ativismo social de Quincy Jones começou nos anos 60 com o apoio do Dr. Martin Luther King Jr. Jones é um dos fundadores do Instituto para a Música Negra Americana (IBAM) cujos eventos buscam levantar fundos para a criação de uma biblioteca nacional de arte e música Afro-americana. Jones é também um dos fundadores do Black Arts Festival (Festival de Artes Negras) em sua cidade Chicago.
Por muitos anos ele trabalhou ao lado de Bono do U2 em vários trabalhos filantrópicos. Ele foi o fundador da Quincy Jones Listen Up Foundation, uma fundação que dá aos jovens acesso à tecnologia, educação, cultura e música. Um dos programas da organização é um intercâmbio intercultural entre os jovens carentes de Los Angeles e da África do Sul. Jones manteve vários trabalhos sociais incluindo o NAACP, GLAAD, Jogos da Paz e AmFAR.
Amor pela Música Brasileira - Grande pesquisador, incentivador e observador de todas manifestações musicais de qualidade, Jones é um grande admirador da música brasileira. Entre os artistas favoritos, figuram Simone, a qual ele citava como "uma das maiores cantoras do mundo", Milton Nascimento, Gilson Peranzzetta, Ivan Lins,] entre outros da bossa nova.
Com informações do Wikipedia
Certamente, o trabalho de maior repercussão de Jones: