sábado, 12 de outubro de 2024

“Os processos de educação inclusiva ainda estão em construção no país", destaca Lucelmo Lacerda, especialista em Educação Inclusiva, em evento no Recife

 

Um dos maiores desafios da atualidade é proporcionar uma educação para todos, sem distinções, além de assegurar um trabalho educativo organizado e adaptado para atender às Necessidades Educacionais Especiais dos alunos.

O aluno com autismo ou TEA (transtorno do espectro autista), apresenta características variadas que comprometem, desde as suas relações com outras pessoas até a sua linguagem, necessitando, assim, de apoio no seu processo de ensino-aprendizagem. Pensando nisso, a Clínica Ninho realizou a 2ª edição do "Descomplicando o Autismo nas Escolas" no Teatro RioMar, no Recife. O evento foi realizado na segunda-feira (7) e reuniu cerca de 680 profissionais da educação.

O objetivo foi debater as dificuldades enfrentadas pelas escolas ao atender crianças com autismo e destacar a importância de um suporte adequado para esse público, pois a educação é umas das maiores ferramentas para o desenvolvimento de uma criança autista. Através da educação, essa criança pode aprender tanto matérias acadêmicas quanto atividades do cotidiano.

Para que o aluno autista desenvolva suas habilidades, é necessária uma estrutura escolar eficiente, com preparo profissional de todos os envolvidos no processo educativo.

Durante o evento estava presente o palestrante Lucelmo Lacerda, especialista em Educação Inclusiva, e Shâmara Rached, psicóloga e mãe atípica. Eles trouxeram reflexões sobre como transformar o ambiente escolar em um espaço mais acolhedor para crianças com autismo. A capacitação foi direcionada a professores, diretores, psicopedagogos e demais profissionais da área educacional, visando garantir a continuidade do processo terapêutico dessas crianças dentro do ambiente escolar, facilitando sua socialização e bem-estar.

Lucelmo enfatizou os desafios enfrentados pela educação inclusiva no Brasil. “Os processos de educação inclusiva ainda estão em construção no país, e isso demanda tempo e esforço. Individualizar esses processos é essencial para garantir a efetividade. No evento, abordamos as práticas baseadas em evidências que fazem mais sentido no contexto do transtorno do espectro autista. Foi um encontro incrível, com um público bastante empolgado, e acredito que conseguimos proporcionar um diálogo muito produtivo para avançarmos nessa questão em Recife”, destaca.