Com o aumento de quase 40% nos últimos anos, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) a doença de burnout é uma patologia presente no ambiente empresarial brasileiro. Com a chegada de setembro, diversas empresas promovem campanhas em alusão ao "Setembro Amarelo", e trabalham através de dinâmicas e vivências o bem-estar no ambiente de trabalho.
No entanto, o alerta é para a necessidade de um cuidado contínuo com a saúde mental dos colaboradores, indo além das ações pontuais realizadas durante o mês. Para a psicóloga Rita Alves, é essencial que as empresas priorizem a saúde mental ao longo de todo o ano. “O Setembro Amarelo é uma oportunidade importante para discutir o tema, mas cuidar da mente do trabalhador deve ser uma prioridade constante. Tratar da saúde mental em um único mês não é suficiente para mitigar problemas já existentes que podem impactar o ambiente de trabalho”, afirma a psicóloga.
Ela destaca que a fragmentação no cuidado com a saúde mental resulta em uma abordagem superficial, incapaz de enfrentar os desafios reais enfrentados pelos colaboradores. “A saúde mental precisa ser integrada às práticas diárias da empresa para oferecer suporte mais eficaz e duradouro”, enfatiza.
Para enfrentar esses desafios, a psicóloga sugere a implementação de práticas preventivas ao longo do ano, como a criação de espaços de escuta qualificada, oferta de psicoterapia para casos graves e promoção de hábitos saudáveis. “A saúde mental não deve ser um tema abordado apenas em momentos de crise, mas sim uma prioridade constante para garantir o bem-estar dos colaboradores e a saúde da organização”, concluiu.