segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Ponte Giratória segue sem previsão de término; trânsito caótico durante vistoria de Tecio Teles


 O candidato à Prefeitura do Recife pelo Partido Novo, Tecio Teles, esteve nesta segunda-feira (9), às 14h, na Ponte 12 de Setembro (Ponte Giratória), onde presenciou de perto o caos no trânsito local. A ponte, que deveria ter sido entregue pela gestão municipal, continua abandonada, mesmo sendo crucial para a mobilidade entre o centro do Recife e o bairro de São José. Com mais de um ano de início nas obras, a situação é crítica para os recifenses e afeta diretamente 11 linhas de ônibus, além de sobrecarregar vias alternativas, agravando o trânsito em todo o entorno.

Teles destacou a gravidade da situação durante sua visita: “É inadmissível que uma ponte tão estratégica para o trânsito da nossa cidade esteja abandonada. A cada dia de atraso, milhares de trabalhadores, estudantes e moradores do Recife perdem tempo, recursos e qualidade de vida.”

A estrutura da Ponte Giratória foi completamente interditada em outubro de 2023, sob a promessa de que as obras de renovação seriam concluídas até fevereiro de 2024. No entanto, sete meses após o prazo estipulado, o avanço no local é mínimo. De acordo com o TCE-PE, o Recife ocupa o primeiro lugar tanto no valor contratado com indícios de paralisação, que soma R$ 726,7 milhões, quanto nos valores já pagos, que totalizam R$ 216,5 milhões.
Enquanto a ineficiência pública trava a mobilidade na região, a iniciativa privada mostra agilidade. No mesmo perímetro da Ponte Giratória, foi inaugurado recentemente pela iniciativa privada um hotel e um centro de convenções, marcando um novo ciclo de desenvolvimento econômico e turístico na área.

“Temos aqui um exemplo claro de como a iniciativa privada está fazendo a sua parte para promover o crescimento de Recife. No entanto, sem a devida infraestrutura pública, como podemos esperar que esses investimentos tragam o retorno desejado? A prefeitura precisa cumprir seu papel”, ressaltou o pré-candidato.

O impacto do atraso na renovação da ponte vai além da mobilidade. De acordo com estudos da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), a lentidão nas obras de infraestrutura está diretamente ligada à desaceleração do crescimento econômico da cidade, que, em 2024, já registra uma queda de 3,2% no PIB municipal. Além disso, o setor de turismo, que esperava um aumento de 15% na demanda com os novos empreendimentos privados, sofreu com a queda de visitantes devido aos problemas de acessibilidade na área.