A pouco mais de cinco meses para o Carnaval 2025, o Clube de Máscaras O Galo da Madrugada já começa a afinar os clarins para o seu 46º desfile, que acontece no dia 1º de março. Com o tema “Pernambuco: do Galo ao Bacalhau, viva o Carnaval”, o maior bloco do mundo vai homenagear, em 2025, as múltiplas faces e manifestações presentes do litoral ao sertão do Estado nos dias de momo, unindo todas elas no grandioso espetáculo do Sábado de Zé Pereira.
Figuras lendárias e representativas como os caretas (Triunfo), caiporas (Pesqueira), papangus (Bezerros), caboclos de lança (Nazaré da Mata), ursos - ou “la ursas”, tradição viva em várias cidades pernambucanas - e o próprio Bacalhau do Batata (de Olinda, que marca o fim do período carnavalesco), vão estar entre as tradições reverenciadas junto ao público de mais de 2,5 milhões de foliões que o Galo pretende reunir no primeiro dia oficial de carnaval.
“Temos uma variedade e uma riqueza de tradições carnavalescas aqui em Pernambuco, não só no Recife e em Olinda como também no interior. Vamos fazer uma viagem pelas manifestações culturais características dessas cidades e trazê-las para o nosso desfile”, adianta o presidente da agremiação, Rômulo Meneses, que busca, com o tema, enaltecer e dar maior visibilidade a esse leque de figuras e personagens do carnaval no Estado.
O termo “Do Galo ao Bacalhau” - que, inclusive, é título de um frevo composto por Cláudio Almeida e Egídio Vieira, no final da década de 1980 -, representa uma viagem do Galo e do folião por todo o universo que abrange o carnaval de Pernambuco, começando no Sábado de Zé pereira e seguindo até a Quarta-feira de Cinzas. “Enquanto o Galo, no Recife, é quem começa, tradicionalmente, os festejos, é o Bacalhau do Batata, em Olinda, que sinaliza para o encerramento do reinado de momo”, explica Rômulo.
Entre o começo e o fim dessa maratona imaginária, uma variedade de outras cidades pernambucanas e seus personagens serão visitados e reverenciados: “temos uma infinidade de manifestações e figuras carnavalescas, muitas delas do interior do Estado, que iremos destacar e, até mesmo, tornar conhecidas para os foliões tanto daqui quanto de fora de Pernambuco e do Brasil, que vêm brincar o maior bloco do mundo”, finaliza Meneses.