As aulas de campo são uma prática pedagógica essencial que trazem inúmeros benefícios para o processo de ensino e aprendizagem. Mesmo na era digital, em que a informação está facilmente acessível, a importância das visitas a espaços como museus, reservas ecológicas, praças, permanece inquestionável. Na escola, esse processo é ainda mais importante porque permite, desde a infância, o contato com esse método de ensino.
Para o coordenador pedagógico do Colégio Salesiano Recife, Luiz Ventura, as aulas de campo se configuram como um recurso para o aluno compreender o lugar e o mundo, articulando a teoria à prática, através da observação e da análise do espaço vivido em que está inserido. “Ir ao ambiente específico e aprender ‘in loco’ as diversas teorias, gera significado a tudo que ele estuda, lê e discute nas aulas teóricas, gerando maior interesse. Além disso, proporciona a convivência entre os pares, com os educadores e a comunidade em geral”, afirma.
Além de correlacionar o que foi estudado na prática, essa atividade se adequa a todas as áreas do conhecimento, pois proporciona aos estudantes a técnica da observação e a coleta de informações. “Destaco ainda a forma lúdica e interativa com que eles percebem e conhecem a natureza por meio dos diversos recursos visuais, levando-os a estimular os sentidos, a maneira de ver o mundo e a sociedade, proporcionando reflexões sobre o cuidado, preservação e, acima de tudo, a necessidade de intervenção científica para construção de um mundo melhor”, complementa Luiz.
Por meio dessas aulas, os estudantes do Colégio Salesiano Recife chegaram a visitar locais como o Jardim Botânico, Museu do Estado, Espaço Ciência, Reserva Carnijó e o Planetário, em João Pessoa, entre outros. Luiz conta que os impactos são muitos e os alunos adoram as experiências. “Observo características como maior interesse nos conteúdos ministrados, aprendizagem significativa, absorção dos temas com maior facilidade, além de fortalecer a amizade entre os colegas e educadores”, finaliza.
