O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) realiza nesta terça-feira (27), uma assembleia geral, que será decisiva para os trabalhadores do Metrô do Recife. O encontro ocorre a partir das 18h, na Estação Recife, localizada no bairro de São José, Centro da capital. A categoria irá deliberar sobre a possibilidade de iniciar uma greve geral, que pode afetar o funcionamento do sistema metroviário na Região Metropolitana do Recife e cerca de 200 mil usuários.
Em Estado de Greve desde junho, os metroviários reivindicam a retirada da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) do Plano Nacional de Desestatização (PND). A permanência no projeto de privatização do metrô, proposta pelo Governo Federal, é vista como uma ameaça à qualidade do serviço, já que o sistema tem sofrido com a falta de recursos para manutenção e investimentos por diversos anos. Somente este ano, foram registradas inúmeras falhas que resultaram na paralisação parcial do transporte público.
"Cada falha que paralisa o metrô é um alerta para a necessidade urgente de recursos e de um plano de revitalização que não será possível enquanto o metrô estiver na lista de privatizações do governo", disse Luiz Soares, presidente do Sindmetro-PE.
Além disso, a categoria também se posiciona contra o fechamento do metrô aos domingos, uma medida recente que surpreendeu tanto os trabalhadores quanto os usuários. O sindicato luta para reverter essa decisão, considerando que ela prejudica os passageiros e agrava ainda mais a situação do transporte público na região.
"O fechamento do metrô aos domingos é um retrocesso que afeta diretamente milhares de usuários, muitos dos quais dependem desse transporte para trabalhar ou realizar atividades essenciais. Essa decisão foi tomada sem qualquer consideração pelas necessidades da população e dos funcionários, que não sabem o que farão aos domingos, que normalmente trabalhariam", disparou o presidente.
Outro ponto crítico da pauta de reivindicações é a exigência de avanços nas negociações com o Governo Federal e a CBTU sobre o Acordo Coletivo Especial (ACE). Até o momento, os trabalhadores não receberam uma proposta satisfatória, o que aumenta a possibilidade de uma paralisação.