Para reduzir o déficit habitacional do Recife, o candidato a prefeito Daniel Coelho (PSD), pela coligação “Recife Levado a Sério” (PSD/PP/PODEMOS/Federação PSDB-CIDADANIA/PRD/MOBILIZA), propõe a entrega de 10 mil moradias e a ampliação das áreas permitidas para verticalização, especialmente na Zona Oeste. Ele aponta bairros como Tejipió, Sancho e Areias como áreas com potencial para expansão vertical, que atualmente enfrentam restrições. A proposta foi apresentada pelo candidato à prefeitura do Recife em sabatina promovida pelo Sinduscon e Ademi-PE, nesta segunda-feira (26).
Daniel também recebeu um documento de reivindicações do setor, que ressaltou a importância de reavaliar a política habitacional. O candidato afirmou que a verticalização dos imóveis gera renda, emprego e faz a economia girar. Daniel defendeu construções inteligentes de uso misto e sustentáveis, que integrem moradia, trabalho e comércio. “O mundo já faz isso. O Brasil está atrasado e o Recife ainda mais”, salientou. “Precisamos rever a legislação para incentivar novos empreendimentos”, acrescentou. Ele criticou a legislação atual e pediu uma revisão das leis para estimular novos empreendimentos e modernizar o setor habitacional da cidade. “Hoje há terrenos na Domingos Ferreira que fazem parte de áreas de Zona Especial de Interesse Social (ZEIS). Esses terrenos não são destinados à habitação popular, mas podem ser voltados para outros usos, beneficiando as comunidades do entorno. A discussão sobre as áreas de ZEIS deve ser feita para entender o que é realmente uma área de ZEIS e o que precisa ser desenvolvido. Esse é um debate que deve envolver, em primeiro lugar, os moradores do município. Algumas regiões podem e devem ter uma nova destinação”, afirmou.
Daniel também relatou aos representantes da construção civil que a atual gestão do Recife investiu pouco em habitação e infraestrutura. Segundo Daniel, o orçamento municipal previsto para habitação é de R$ 148 milhões, mas a Prefeitura teria aplicado apenas R$ 13 milhões. Outro dado apresentado foi de R$ 242 milhões para pavimentação e manutenção de vias, dos quais foram gastos R$ 145 milhões. Na avaliação de Daniel Coelho, o “orçamento é generoso, mas na execução dos serviços, os números são muito tímidos”, detalhou.