terça-feira, 30 de julho de 2024

Moda Center e Museu da Sulanca são cenários em filmagens de documentário


Nos dias 26 e 27 de julho, o Moda Center e o Museu da Sulanca foram cenários para o documentário “Iluminação Especial 7.0”, aprovado no Edital de Chamamento Público nº 001/2023 – Neguinho de Totó (Audiovisual), em 06 de dezembro de 2023, através da Lei Paulo Gustavo (LPG) e apoio da Secretaria Executiva de Cultura/prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe.

Inicialmente inspirado na fotografia intitulada "Iluminação Especial a Feira da Sulanca” (de autoria desconhecida), o filme traz a relação da história da emancipação de Santa Cruz do Capibaribe/PE com a ascensão da Sulanca, retratando o significado uma cidade movida a trabalho atravessada por uma identidade cultural intimamente ligada à economia da região. Essa narrativa sobre o trabalho é entrecortada pela tradução dos desejos desta população através da arte, expressão simbólica que faz nascer e retomar identidades.

O documentário é permeado por depoimentos e o olhar ensaístico de sua diretora e roteirista Mayara Bezerra, jornalista, cineasta e produtora cultural, que compõe e dirige o Laboratório Audiovisual Punctum Filmes, sendo idealizadora e diretora do Museu de Arte Sertão Agreste (MASA), um acervo digital de arte e cultura das regiões Sertão-Agreste de Pernambuco.

Sob a produção da Punctum Filmes, a pesquisa e consultoria de roteiro de Virgínia Guimarães, o documentário registra o cotidiano e as histórias dos trabalhadores do município, composto por cenas produzidas no Sítio Algodão, será ilustrado por animações de obras de artistas locais, imagens e sons da feira do Moda Center, além de acervos fotográficos do Museu da Sulanca.

Na última sexta-feira (26), a equipe do filme esteve nos corredores do Moda Center, registrando imagens do cotidiano da feira, diversos elementos cenográficos e um tradicional banco de madeira com lona e peças de roupas expostas. No mesmo dia, houve filmagens no interior do Museu da Sulanca com o colaborador Adelmo Teotônio (Conservador de Bens Culturais), convidado para representar um trabalhador da confecção em referência à época que se vendia nas calçadas das ruas de Santa Cruz do Capibaribe.

No sábado (27), a equipe gravou mais cenas no interior do centro de compras com outros personagens e objetos. No domingo (28), no espaço de uma fábrica santa-cruzense de moda foi cenário em vários planos e contextos de produção audiovisual com o uso de peças do acervo do Museu da Sulanca nas cenas retratadas (candeeiro, coberta de retalhos, lenços de cabeça doados pela família da costureira Dona Petinha e uma máquina de costura de pedal de 1938, marca Singer, que pertencia à costureira Berta França Aragão).

Em alguns meses, após a fase de edição e montagem, haverá um evento de lançamento do filme com a exibição dos múltiplos aspectos socioculturais, saberes, memórias e histórias dos fazedores da indústria da moda e de seu protagonismo, intercalados por um olhar crítico e artístico da emancipação política de Santa Cruz do Capibaribe, ao longo de seus 70 anos.