Logo mais às 18h30 o Instituto Xegamiga realiza uma noite especial de debates e apresentações culturais, além de relançamento de livros.
O dia marca um novo ciclo do projeto com apresentação de entregas realizadas no curso dos últimos anos, nova gestão – Conselho e Diretoria - onde se pode destacar a contribuição literária de peso, proveniente dessa unidade de mulheres reivindicando pautas importantes para que o valor da igualdade não seja somente de fato, mais uma conquista efetiva em nossa sociedade.
Nessa data poderemos falar dos nossos indicadores e daquilo que está no horizonte próximo para ser realizado, o relançamento das obras da coleção Violências, dos Antigos hábitos às novas formas, com falas de proeminproes mulheres da cena local.
Na obra, é trazida a abordagem de diversos vieses das violências e das dores sofridas por mulheres, adolescentes e crianças, como uma forma de contribuir para a construção de trilhas e pontes para encontrarmos saídas para barrar as violências e minorarmos os danos. Também serão apresentados os livros infantis que buscam a consolidação de valores da igualdade, ética e cidadania.
O segundo livro conta com o prefácio do Dr. Augusto Cury, belíssimo como sempre! Trago a seguir um pequeno trecho: “…coordenado pelas brilhantes humanistas Andréa Keust, Bianca Rosenthal, Cristina Botelho e Daniela Mello, e que tem outras notáveis escritoras em cada capítulo, discorrem as mais diversas formas de violência na infância e juventude. Não tenho palavras para agradecer a cada uma de vocês pela coragem e pelo amor inenarrável pelos filhos da humanidade! Que seus textos possam brandir no território da emoção dos políticos, juristas, empresários, líderes da medicina, psicologia, educação, pois, as dores de uma criança e as lágrimas de um adolescente não têm partido, religião ou filosofia!”
Segundo o Fórum Nacional de Violência e o Data Folha, existem alguns dados bastante relevantes que sinalizam algumas questões que impactam na vida e saúde das mulheres 25% (vinte e cinco por cento) das mulheres acima de 16 anos sofrem ou sofreram algum crime de violência, 50% cinquenta por cento das mulheres brasileiras afirmam já terem visto alguma mulher de seu bairro sofrer violência, a renda de mulheres que são vítimas de violência reduziu em 61% (sessenta e um por cento); 46% (quarenta e seis por cento) das mulheres que sofreram violência perderam seus empregos.
Um dos fatores que contribui fortemente para que as vítimas não denunciem os agressores é a dependência financeira, inclusive, na maior parte dos casos o medo de não se sentirem capazes de se sustentar e aos seus filhos, faz com que as vítimas silenciem e sigam suportando abusos físicos, morais, psicológicos, sexuais e patrimoniais decorrentes da violência doméstica.
Outro dado relevante é a existência de recorrência no atendimento médico e ambulatorial pelo sistema único de saúde por mulheres vítimas de violência domésticas com múltiplas queixas clínicas, fato que reverbera na majoração dos custos com saúde pública, impactadas pelos danos físicos e psicológicos decorrentes do trauma da violência, não somente para a vítima, mas para seus filhos.
Tem-se como vetor decisivo para romper o ciclo perverso da violência de gênero, o fortalecimento das mulheres, trazendo a necessária pauta das violências pensadas e refletidas com o viés de promoção da efetiva transformação social.
O evento visa honrar as mulheres e parceiros que apoiam as ações de enfrentamento à violência contra as mulheres em Pernambuco
Serviço:
Evento Mulher Força e Resiliência:
Realização Instituto Xegamiga
Atrações:
Relançamento do Livro Violências 1 e 2 – Dos antigos Hábitos as Novas formas,
Roda de debate com as coordenadoras do projeto, Declamação de poesia e atração cultural com as artistas Nena Queiroga e Fabiana Pirro
Local: Jaqueira Paço Alfandega
Data: 18/07/2023 às 18:30 horas
