terça-feira, 16 de julho de 2024

“Ariano Suassuna me salvou”


Antes de falar do artista plástico Vicente Silva, não podemos deixar de citar a sua obra exposta no Salão de Arte Religiosa: “Ariano e o Auto da Compadecida”. Rica em detalhes e com a semelhança de rostos dos personagens e seus intérpretes no cinema – ressalto a semelhança da imagem do Cão, interpretado pelo ator Luís Melo e o rosto do próprio Ariano, destacado ao centro da obra. Vicente Silva levou um mês pra fazer a obra e se animou a participar do edital, principalmente por causa do lançamento do filme, previsto para o Natal de 2024. 

Os detalhes são muitos e só quem leu o livro e assistiu todas as versões do filme (não apenas a atual, cuja estreia está prevista para acontecer em Dezembro) vai saber identificar: a cadela Bolinha; o gato que descome dinheiro, o cenário sertanejo e a famosa frase “não sei, só sei que foi assim”. Mas de onde veio tamanha genialidade? Fomos conversar com o Vicente Silva, em seu estande artístico – Com direito a imagem de Ariano em tamanho natural, sentado em cadeira de estilo armorial e onde pessoas vinham tirar fotos o tempo todo.

Antes de se dedicar a retratar Ariano Suassuna, Vicente trabalhava em festas de aniversário, onde fazia esculturas de isopor de personagens que variavam dos super-heróis às princesas da Disney. No entanto, a pandemia do coronavírus parou com tudo. “Fiquei em depressão e foi Ariano Suassuna que me salvou”. Em retribuição, toda a obra do artista agora é baseada no gênio da literatura brasileira e mestre do Movimento Armorial, falecido em 2014.

Serviço: 
Instagram: @vicentesilvaartesao