terça-feira, 11 de junho de 2024

Especialista alerta para a necessidade de noites de sono agradáveis para a boa qualidade de vida


Ter uma noite de sono agradável é essencial para uma boa qualidade de vida. É durante o sono que ocorre a consolidação da memória e do aprendizado, além da reposição de energia, a restauração dos tecidos e o fortalecimento do sistema imunológico. É por isso que a observação da qualidade do sono é fundamental. Quem não dorme bem pode ficar mais irritado, estressado e com menor capacidade de concentração durante o dia, o que traz péssimas consequências à saúde. Entre as principais consequências de noites mal dormidas estão distúrbios do sono como a insônia, o ronco e a apneia. É o que destaca o ortodontista Pedro Miranda – especialista em DTM (Disfunção Temporomandibular) e Dor Orofacial e integrante da Comissão de Odontologia do Sono do CRO-PE (Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco).

O ronco pode ser tratado de forma multidisciplinar por profissionais de saúde que trabalham com o sono. Entre eles, estão o médico, o fisioterapeuta, o fonoaudiólogo e o odontologista. De acordo com a Associação Brasileira do Sono, 24% dos homens e 18% das mulheres de meia-idade roncam. Já 60% dos homens e 40% das mulheres acima dos 60 anos de idade sofrem com o ronco. “As pessoas mais acometidas são as com sobrepeso, dificuldades respiratórias (rinite, sinusite, desvio de septo nasal, adenóides e amígdalas grandes, entre outras), refluxo gastroesofágico, tabagismo e problemas na arcada dentária”, explica o ortodontista Pedro Miranda. 

Diagnóstico – A confirmação do ronco vem pelo testemunho ou pelo exame. “Para isso, é preciso ponderar a frequência, a relação com o decúbito, a presença de pausas respiratórias e a intensidade. Esse diagnóstico pode ser feito através da avaliação clínica com a presença do parceiro, companheiro de quarto ou membro da família do paciente ou através da polissonografia”, detalha o integrante da Comissão de Odontologia do Sono do CRO-PE. 

Tratamento – O ronco pode ser tratado de forma conservadora/ comportamental, através da indicação (conforme cada caso) da perda de peso, correção do decúbito durante o sono (dormir de lado reduz o quadro de apneia, por exemplo), evitando sedativos, tratando a rinite alérgica e a obstrução nasal e/ou parando de fumar, bem como da intervenção não-cirúrgica, com a indicação de dispositivo intraoral ou CPAP. Em casos mais extremos, pode haver a indicação de intervenção cirúrgica nasal, do palato ou bariátrica (também conforme o quadro de saúde do paciente).

*Pedro Miranda* é formado, há 27 anos, em Odontologia. É especialista em DTM (Disfunção Temporomandibular) e Dor Orofacial; Ortodontia (aparelho fixo, aparelho estético - porcelana e alinhadores - Invisalign); Professor de Ortodontia, DTM e Dor Orofacial, com experiência em Odontologia do Sono (Ronco e Apneia), além de Bruxismo. Faz parte da Comissão de Odontologia do Sono do Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco (CRO - PE), junto com as profissionais Sandra Jordão, Ana Regina da Matta, Eleonora Burgos, Renata Grinfeld e Vânia Cristina.