“Quando um carro chega com o paciente, no Hospital dos Servidores, me aproximo primeiro com um cumprimento de bom dia. Dou uma cadeira para a pessoa sentar e aguardo o encaminhamento para exames ou internamento. Gosto de dar sempre atenção ao paciente. Ele ser bem recebido é essencial num momento tão delicado, que é estar em unidade de saúde”.
Essa declaração é de Wellington Gonçalves, 53 anos, mais conhecido como Peixe, um dos maqueiros do Hospital dos Servidores do Estado (HSE), que pega no serviço de segunda a sexta-feira, e recebe, quase diariamente, elogios dos beneficiários. A função, mesmo antiga, ainda traz muita satisfação para quem realiza e tranquilidade para quem está sendo transportado e recebendo os cuidados.
Wellington, está no HSE, há cinco anos. Antes trabalhava no Mercado Público, limpando peixe, por isso o apelido. “Recebi o convite de uma colega para fazer um treinamento e trabalhar como maqueiro. Não sabia que iria mudar minha vida. Sou muito feliz com minha profissão”.
A função do maqueiro é receber os pacientes, encaminhar para áreas solicitadas, conferir e transportar exames, materiais ou equipamentos. Eles providenciam macas e cadeiras de roda para o transporte seguro dos pacientes, por isso são fundamentais no dia a dia dos hospitais já que o fluxo de pessoas da recepção para centros cirúrgicos, salas de atendimento, UTIs e leitos depende do trabalho que exercem.
No HSE são 28 profissionais que percorrem os três andares da unidade, uma equipe trabalha como diarista, e a outra no regime de plantão. Edmilson Manoel da Silva, 56 anos, está há 35 anos de plantão se dedicando aos pacientes, transportando e conversando com eles nos momentos bons e nos ruins. “Os maqueiros são mais uma das peças fundamentais no atendimento hospitalar, são eles que levam os pacientes para exames, fazem os transportes intersetoriais do hospital e muitas vezes são os confidentes dos pacientes nas horas de maior ansiedade quando estão levando os mesmos para o bloco cirúrgico, e acabam dando uma palavra de conforto e alento aos pacientes. Aqui no HSE são pessoas muito queridas e elogiadas pelos pacientes. Só temos a agradecê-los pelo excelente trabalho”, destaca o diretor médico do HSE, Rogério Ehrhardt.
“Esse trabalho é a minha vida, gosto de me dedicar aos pacientes, transporto eles, mas também converso, passo uma mensagem positiva quando noto que eles estão tristes, e reforço que temos que acreditar primeiramente em Deus”, explica. Edmilson chegou no Hospital para trabalhar na área de jardinagem, mas logo foi chamado para fazer teste, participou de capacitação e até hoje se encanta com o que faz. “Se eu gosto do que faço? Não é à toa que estou há 35 anos nessa atividade”, conclui.