sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Menopausa e verão: como aliviar o desconforto nesta época do ano


Com a chegada do verão e das altas temperaturas, especialmente no Nordeste, um grupo específico de mulheres costuma sentir mais desconforto do que o normal: aquelas que estão no climatério, fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo que ocorre, em geral, dos 45 aos 55 anos. Até a chegada da menopausa — nome dado ao último ciclo menstrual, ou seja, à última menstruação da vida de uma mulher —, esses desconfortos podem causar muito incômodo. Nesse sentido, a médica ginecologista, especialista em ginecologia regenerativa, reposição hormonal e estética íntima Israelina Tavares alerta para os cuidados necessários.

P.: Como identificar se a sensação de calor é um sintoma do climatério ou só uma resposta comum às altas temperaturas da estação?

R.: Os calores característicos do climatério, conhecidos popularmente como “fogachos”, são súbitos, intensos, transitórios e ocorrem independentemente da temperatura do ambiente. Além disso, podem vir acompanhados de transpiração e vermelhidão do rosto e do colo. Após a sensação do fogacho também podem surgir calafrios.

P.: Quais os principais cuidados que as mulheres na menopausa devem ter em seu estilo de vida?

R.: Primeiramente, é importante manter uma alimentação saudável, evitando o consumo exagerado de álcool e café e reduzindo o consumo de glúten e açúcar. Todas essas substâncias têm um potencial muito grande na piora dos sintomas do climatério. Também é importante usar roupas leves, manter-se hidratada e praticar atividades físicas, hábitos que contribuem para o bem-estar geral do corpo feminino e são indispensáveis em qualquer fase.

P.: O que pode ser feito para melhorar os sintomas?

R.: A principal medida para aliviar os desconfortos do climatério não apenas no verão, mas em todos os meses do ano, é o tratamento com a reposição hormonal, para aquelas mulheres que não tenham contraindicação ao uso de hormônios. Para as que não podem, uma alternativa com bons resultados é o uso de suplementos, fitoterápicos entre outras medicações, sempre com prescrição e acompanhamento médico.

Israelina Tavares é médica ginecologista, especialista em ginecologia regenerativa e estética íntima. Formada pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM), possui Residência Médica em ginecologia e obstetrícia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e pós-graduação em Rejuvenescimento Íntimo e Estética Genital pelo Instituto Lapidare (SC). É referência em cirurgia estética íntima, laser íntimo e reposição hormonal. 

instagram: @draisraelinatavares