Viralizou ontem na internet a cena de um homem apontando uma arma contra o motorista e, aparentemente , uma mulher que estava ao lado, a qual começou a gritar desesperadamente enquanto era abordada. No vídeo é possível ouvir uma voz dizendo para entregar as alianças e a mulher falando que deu o celular e implorando para que o assaltante não fizesse nada. A cena aconteceu no dia anterior, a terça-feira, no viaduto Capitão Temudo, no bairro do Cabanga, área central do Recife, enquanto motoristas estavam presos no congestionamento, debaixo de chuva.
Após roubar os objetos, o assaltante foge andando pelo viaduto. Nas imagens é possível ouvir carros buzinando e outros avançando para tentar fugir do bandido.
Cenas como essa são comuns em Pernambuco, com a violência acontecendo em diversas instâncias.
Em agosto deste ano, o Monitor da Violência, feito pelo site G1, com base nos dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), registrou o estado como o terceiro com maior número absoluto de crimes violentos do Brasil no primeiro semestre do ano. Ainda de acordo com os registros da SDS, nove assassinatos acontecem por dia no território pernambucano. Em setembro deste ano, o número total de pessoas assassinadas foi de 311, um aumento de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto isso, desde o último 1 de Dezembro, 358 câmeras instaladas em quatro municípios do Estado (Recife, Olinda, Caruaru e Petrolina) foram desligadas até a publicação de um edital de licitação para que sejam substituídas. Essa espera levará a cerca de mais de um mês de mais fragilidade para os cidadãos.
Para o deputado Romero de Albuquerque, o caso do viaduto Capitão Temudo é “apenas mais um dos inúmeros que acontecem no estado. A polícia constatou que tratava-se de um simulacro e não de arma de verdade, mas para o cidadão, isso acaba não importante muito, porque ninguém vai arriscar a sua vida até saber se um bandido está armado mesmo ou não. A criminalidade precisa ser punida. Quem rouba cidadãos de bem, trabalhadores, país de família, tem que estar na cadeia e não livremente pelas ruas. Precisamos dar essa satisfação para a sociedade. Recuso-me a assistir a essas cenas passivamente e seguirei na cobrança e fiscalização das ações tomadas pelo governo, para tentar amenizar esse sofrimento da população pernambucana, que a cada dia fica mais vulnerável e passível de sofrer essa violência”, afirmou com indignação.
