A onda de calor que atinge o Brasil nos últimos dias também representa um risco para a saúde dos olhos. As altas temperaturas e a exposição prolongada aos raios solares podem causar diversos problemas oculares, desde irritações até complicações mais graves, como catarata e degeneração macular.
“Durante o verão temos um aumento da radiação ultravioleta que pode ser danosa aos olhos e ser um fator de risco para várias doenças oculares, como o pterígio, catarata, degeneração de mácula relacionada à idade, além de ser o fator risco mais importante para desenvolvimento de câncer de pele nas pálpebras”, explica a oftalmologista Fabiana da Fonte, do Hospital de Olhos Santa Luzia, integrante da rede Vision One.
O calor ainda facilita o aparecimento de doenças oculares causadas via infecção por vírus e bactérias. Alguns dos principais sintomas causados pelo calor incluem olho seco, coceira, ardência, irritação, sensibilidade à luz e vermelhidão.
A exposição prolongada aos raios ultravioleta (UV) pode contribuir para o desenvolvimento de degeneração macular, uma das principais causas de perda de visão em adultos mais velhos. A radiação UV também está associada ao desenvolvimento de catarata, doença responsável por mais da metade dos casos de cegueira no mundo.
Outras medidas de cuidado também devem ser tomadas. “Usar óculos escuros com filtro UVA e UVB, além de chapéus e nunca olhar diretamente para o sol, mesmo usando os óculos escuros com filtro”, orienta a oftalmologista Fabiana da Fonte.
Quem usa lentes de contato deve tomar ainda mais cuidado. Mais frequente nessa época, o uso do ar-condicionado pode acelerar a evaporação do filme lacrimal, ocasionando desconforto e ressecamento das lentes. Uma orientação é realizar constantemente a hidratação dos olhos, e logo que sair do local refrigerado, piscar ao máximo, estimulando a lubrificação ocular.
“A consulta com oftalmologista deve ser feita de rotina anualmente mesmo sem sintomas, além disso, em qualquer situação de embaçamento visual ou irritação nos olhos deve-se procurar o especialista”, completa a oftalmologista Fabiana da Fonte.