As datas comemorativas são oportunidades para impulsionar o varejo em épocas sazonais do ano e período natalino é um deles. Depois de um ano com tantas adversidades econômicas e um cenário com tantas lojas físicas fechadas, o setor ressalta a importância da data e vê o momento como uma possibilidade de potencializar as atividades do comércio.
Tomando como base essa premissa e para entender um pouco mais acerca da perspectiva de consumo das famílias da Região Metropolitana de Recife (RMR) para a data, bem como, suas relações com as variáveis econômicas e sociais, como sexo, faixa de renda e nível de escolaridade, o Centro Universitário Frassinetti do Recife (UniFAFIRE) através do Núcleo de Inteligência de Mercado, acaba de concluir uma pesquisa sobre as Perspectivas de compras para o Natal.
O estudo ouviu 533 pessoas em diversos espaços públicos do Recife, no período de 15 a 30 de novembro desse ano. Através de questionários estruturados, estudantes da Projetos Junior supervisionados pelos consultores, buscaram informações acerca da pretensão de compra dos recifenses, se irão ou não comprar algum presente, e o valor que pretendem destinar para essa aquisição.
Do total de entrevistados, o estudo concluiu que aproximadamente 62,50%, ou seja, 333 pessoas responderam que irão comprar algum presente para o Natal e as cerca de 37,5% restantes disseram que não pretendem comprar nenhum presente para a data. A análise mostrou que 39% dos entrevistados estão dispostos a gastar entre R$ 101 e R$ 200, correspondendo a categoria mais citada na pesquisa. A participação das mulheres é maioria na avaliação e equivale a 65% da amostra.
Para o economista Tarcísio Régis, que coordena o UniFAFIRE Inteligência de Mercado, mesmo o Estado tendo se destacado na geração de empregos ainda existe uma grande parcela de recifenses que está desempregada. No entanto, diz ele, a pesquisa mostra como é perceptível o esforço das pessoas para adquirirem os presentes de natal mesmo não estando com tanta disponibilidade financeira. "Isso é um bom indicativo para impulsionar o setor do varejo e promover uma recuperação na economia", observa.