Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, quase metade dos adultos americanos idosos apresentam sinais de doença gengival e 9% se encontram em estado grave, com a doença periodontal. A gengivite consiste em uma inflamação inicial dos tecidos periodontais, ou seja, é um processo inflamatório que acomete única e exclusivamente os tecidos gengivais.
Ela é causada por acúmulo de bactérias decorrentes de uma escovação bucal mal feita, inflamando a gengiva. “O principal sintoma é o sangramento na gengiva, que o paciente vai perceber ao escovar os dentes ou quando estiver se alimentando, assim como mudança na coloração da área gengival, ela fica mais avermelhada e aumenta o volume”, explica a tutora da Odonto FPS, Leila Coimbra.
Periodontite
Uma vez que essa gengivite não é tratada da forma correta, a inflamação no tecido gengival persiste e evolui. “Ela vai deixar de acontecer apenas no tecido da gengiva e vai passar a acometer outros tecidos de sustentação do dente como o ligamento periodontal, cemento e osso alveolar. As bactérias ficam mais livres para invadir e destruir os tecidos embaixo das gengivas, causando doença gengival avançada e dificultando o tratamento”, afirma Leila.
Diabéticos, pessoas que fumam, rangem os dentes ou estão tomando alguns tipos de medicações possuem chance maior de desenvolver as doenças gengivais. “Sendo de um grupo mais suscetível ou não, é importante estar atento aos sangramentos, pois muitas vezes o paciente não sente dor, sendo assim uma doença silenciosa. Outro sintoma recorrente é que o dente vai perdendo a sustentação, tendo mais mobilidade, e também a halitose, mais conhecida como mau hálito devido ao acúmulo de bactérias”, reforça a Leila. Segundo ela, a principal consequência da periodontite é a perda do dente, já que a sustentação vai sendo prejudicada.
Prevenção e tratamento
A melhor forma de prevenção é sempre manter uma boa higienização bucal, escovando os dentes de duas a três vezes ao dia com utilização do fio dental e realizar as consultas de rotina com o dentista. “É importante entender a necessidade da escovação, como ela deve ser feita, saber que a escova precisa ter cabeça pequena e as cerdas macias e entender que a escovação é jeito e não força”, orienta a tutora da Odonto FPS.
A doença periodontal não tem cura. “O periodontista vai realizar uma raspagem para retirar esse acúmulo de bactérias. Uma vez tratada, a gengivite é reversível, o tecido volta à sua condição de origem, sem deixar sequelas no paciente”, explica Leila sobre a fase inicial que, se não tratada, pode ser mais difícil de curar.
Avançando para uma periodontite, o tratamento consiste em sessões de raspagem tanto supra quanto subgengival, associada à orientação de higiene bucal. “Lembrando que a gente estabiliza o caso do paciente mas, uma vez que ele tem a periodontite, ele fica com sequelas, como a perda do tecido ósseo. Então, torna-se necessário retornos periódicos ao consultório para evitar que essa doença evolua de novo”, finaliza.