Os últimos dias foram marcados por recordes de calor em praticamente todo o Brasil, tornando 2023 um dos anos mais quentes já registrados na história. A atual onda de calor que assola todo o país tem gerado sérias preocupações entre os profissionais de saúde. O aumento das temperaturas não afeta apenas o físico; também pode ter um impacto substancial na saúde mental das pessoas. A psicóloga Jullyanna Cardoso alerta extremo para os efeitos adversos do calor e destaca a necessidade de conscientização sobre esse aspecto frequentemente negligenciado.
"O calor extremo não é apenas uma questão física; pode ter repercussões profundas em nossa saúde mental. É crucial compreendermos como as condições climáticas podem afetar nosso equilíbrio emocional e exacerbar os desafios já existentes", afirma a psicóloga Jullyanna Cardoso.
O calor excessivo pode desencadear uma série de problemas, desde estresse físico e desidratação até fadiga extrema. Esses elementos, por si só, podem impactar os níveis de equilíbrio emocional e a capacidade de lidar com o estresse cotidiano. Jullyanna Cardoso destaca que a exposição prolongada a altas temperaturas pode resultar em distúrbios do sono, agravando ainda mais os desafios para manter uma rotina de sono saudável, vital para a saúde mental.
A irritabilidade e o aumento das tensões interpessoais são fatores adicionais que muitas vezes acompanham o calor extremo. Em condições desconfortáveis devido ao clima, as pessoas podem se tornar mais impacientes, o que pode resultar em conflitos e problemas de relacionamento. Isso representa uma ameaça particular para aqueles que já lidam com transtornos de ansiedade, depressão ou transtornos de controle de impulsos.
O isolamento social e a solidão também são preocupantes quando as altas temperaturas limitam as atividades ao ar livre e o contato social. A falta de interações sociais positivas e atividades físicas pode agravar sintomas de depressão e ansiedade.
Para mitigar esses desafios, a especialista destaca a importância de a comunidade estar ciente dos impactos do calor extremo na saúde mental e tomar medidas proativas para monitorá-lo. Isso inclui manter-se hidratado, procurar ambientes com ar condicionado, seguir uma rotina de sono adequada e procurar apoio social quando necessário. Jullyanna ressalta que é crucial que as comunidades estejam preparadas para lidar com ondas de calor, forneçam recursos e apoio às pessoas mais vulneráveis.
“Temperaturas elevadas não afetam apenas o corpo, mas também a mente. O autocuidado torna-se essencial durante esses períodos, e é fundamental que as pessoas busquem apoio social quando necessário”, enfatiza Jullyanna Cardoso.