A Campanha Novembro Roxo é realizada em todo o mundo como forma de sensibilizar as pessoas sobre a prematuridade e o crescente número de partos prematuros, incluindo suas causas e desafios. Além disso, a iniciativa objetiva chamar a atenção para a prevenção e os fatores de risco durante a gestação. Neste mês, o dia 17 é considerado o Dia Mundial da Prematuridade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa a 10ª posição no ranking de prematuridade. Os dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 340 mil bebês nascem prematuros todo ano no país, o equivalente a 930 nascimentos por dia e seis casos a cada 10 minutos.
“Uma criança é considerada prematura quando ela nasce antes da 37º semana. São diversas as intercorrências durante a gestação que podem levar ao parto prematuro, como infecção urinária, excesso de líquido amniótico, ruptura de membranas, contrações prematuras, eclâmpsia e descolamento da placenta. É essencial que a mãe acompanhe a gravidez com um especialista desde o início da gestação, siga as orientações do obstetra e faça todos os exames indicados para tentar evitar a prematuridade”, destaca a neonatologista Thaís Alcântara, da Hapvida NotreDame Intermédica.
Para marcar a data, o Hospital Vasco Lucena, da Hapvida NotreDame Intermédica em Pernambuco, irá promover uma programação especial para as mães e os pais de pacientes prematuros em internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).
O evento acontecerá nesta sexta, 17 de novembro, às 9h, e contará com uma roda de conversa composta por médica neonatologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, nutricionista e psicólogo, além da participação especial dos familiares de crianças prematuras que já estiveram internadas na UTIN e receberam alta. A integração pretende promover um cenário de compartilhamento de histórias de superação como apoio e incentivo para as outras famílias. Os bebês ainda farão fotos utilizando uma manta roxa para fazer alusão à campanha e receberão um certificado de vencedor.
Fabiana Santino, mãe da pequena Esther Victoria, de 3 anos, retornará ao Vasco Lucena para participar da programação compartilhando a sua história. Exatamente no dia 17 novembro, a família celebra 3 anos da alta de Esther da UTIN. A criança nasceu prematura com 25 semanas e 6 dias após um internamento de urgência devido a uma dilatação muito precoce que, provavelmente, foi causada por uma infecção urinária.
Após o nascimento, Esther foi internada na UTIN do Vasco Lucena onde precisou ficar durante quase três meses sendo acompanhada pela equipe médica do Hospital para receber os cuidados necessários. Durante esse período, ela teve diversas intercorrências por causa da prematuridade, como infecções e broncodisplasia, um distúrbio pulmonar grave devido aos alvéolos pulmonares não terem se desenvolvido adequadamente.
“A rotina de pais prematuros é muito exaustiva e sofrida com um turbilhão de sentimentos. Há dias em que a coragem está lá em cima. Em outros, recebemos notícias não tão boas que geram muita tristeza. No dia 17, voltarei ao Vasco Lucena com um sentimento de gratidão a Deus e a toda equipe de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas que foram anjos enviados por Deus para cuidar da minha filha no meu lugar. Enquanto Esther estava internada, pude ouvir histórias de muitas mães que passaram antes de mim e me inspiraram a continuar acreditando e sendo forte. Agora é a minha vez de contar a nossa história e incentivar outras mães, afinal, toda situação que passamos serve para ajudar outras pessoas lá na frente. Sem dúvidas, temos um papel muito importante na alta dos nossos prematuros, pois a nossa presença transmite segurança e eles sentem isso” aponta Fabiana, emocionada, ao lembrar da trajetória durante o período de internamento da filha.
“Enquanto operadora de saúde, precisamos falar da prematuridade e das suas repercussões. É comum que os pais e as mães de bebês prematuros enfrentem desafios emocionais durante o internamento. Esses eventos são importantes para que eles percebam que têm uma rede de apoio, além de ser um espaço para abertura de um diálogo e compartilhamento de suas batalhas diárias, trabalhando os medos, inseguranças e expectativas diante da chegada desse bebê”, aponta a psicóloga Talitha Oliveira, da Hapvida NotreDame Intermédica.