A maior feira literária do Estado começou ontem(6) e o Centro Universitário Frassinetti do Recife (UniFAFIRE) através do Núcleo de Inteligência de Mercado, quis ouvir a relação do público recifense com o hábito da leitura.
Através de questionários estruturados, um grupo de estudantes da Projetos Junior foi as ruas da cidade e, supervisionados pelos consultores, buscaram informações sobre o hábito de ler e se pretendem visitar a Bienal do Livro. Além disso, os alunos questionaram os ouvintes sobre quantos livros leram no último ano, se preferem que sejam físico ou digital, e, ainda, se acham caro adquirir.
Ao todo, a pesquisa realizada entre os dias 23 e 30 de agosto desse ano, ouviu 787 pessoas com idades entre 18 e 59 anos, em diversos espaços públicos do Recife a exemplo do, Derby, Boa Vista, na área central da cidade e na Jaqueira, na zona norte. A divisão geográfica buscou uma maior heterogeneidade de perfis em relação às perguntas. O resultado foi que mais de 65% dos respondentes relataram que possuem o hábito de ler, porém, quase o mesmo percentual, ou seja, 63% do público não pretende comparecer a Bienal desse ano, independente do gênero.
Quando perguntados sobre a quantidade de livros lidos durante o último ano, grande parte deles, 38% não leu nenhum livro. Para o economista Tarcísio Régis, que coordena o UniFAFIRE Inteligência de Mercado, esse é um dado alarmante, pois baseado nas necessidades de evolução do conhecimento e aprendizado, o hábito da leitura é um importante requisito para o desenvolvimento profissional e pessoal. "Quanto mais as pessoas adquirirem o hábito de ler, mais chances de se tornar um bom profissional no futuro ela terá", enfatiza Régis.
Outro destaque da avaliação é que 33% dos entrevistados afirmou ler entre 1 e 3 livros anualmente.
O professor destaca ainda outro ponto interessante que é a questão de, mesmo estando na era da tecnologia, as pessoas ainda preferem os livros físicos. Em todas as faixas de renda, que foi de até 2 salários mínimos, 75% dos avaliados disseram que preferem a publicação nesse formato, em detrimento do digital. No geral, a percerpção de 49,56% dos entrevistados por grau de instrução é de que os livros comercializados no mercado tem um preço justo. Em relação a faixa etária, essa percepção ficou entre os mais velhos. Já os mais jovens, acham os preços dos livros caros.