Com atos públicos, manifestações e caminhadas, a 29ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas toma as ruas de 26 estados para propor uma reflexão sobre a garantia de vida digna para os segmentos da população marginalizados e em vulnerabilidade. A tradicional manifestação popular escolheu como tema 'Você tem fome e sede de quê?', e deve reunir ativistas, trabalhadores e trabalhadoras, grupos, entidades, pastorais e movimentos sociais nas ruas de todo o estado.
No Recife, haverá o tradicional ato organizado por Movimentos sociais e populares, com apoio de entidades sindicais como por exemplo a CUT Pernambuco. A concentração terá início às 9h, no Parque 13 de Maio, próximo à sede da Câmara Municipal do Recife e Faculdade de Direito, em Santo Amaro. Abertura e mística as 09h30. Saída pelas ruas e avenidas do centro do Recife, às 10h30. Previsão de concluir a caminhada às 11h30, no Pátio do Carmo, bairro de Santo Antônio, com encerramento e Ciranda Popular, até 12h30.
VOCÊ TEM FOME E SEDE DE QUÊ?
Relatório divulgado em julho pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) confirmou a piora dos indicadores de fome e insegurança alimentar no Brasil no ano passado. Segundo a FAO, em 2022, 70,3 milhões de pessoas estiveram em estado de insegurança alimentar moderada, que é quando têm dificuldade para se alimentar. O levantamento também mostra que 21,1 milhões de pessoas no país passaram por insegurança alimentar grave, caracterizada por estado de fome. A maioria das ações ocorrem na semana do 7 de Setembro, com o objetivo de mobilizar as pessoas para a luta por seus direitos, na denúncia das injustiças e violências, valorizando a vida e na busca de um mundo com justiça social.
BRASIL MAIS JUSTO E IGUALITÁRIO
Vale destacar que a manifestação ocorre todos os anos na mesma data em contraponto ao Grito da Independência e questiona os padrões de independência do povo brasileiro e promovendo uma reflexão sobre a necessidade de construção de um Brasil mais justo e igualitário para as pessoas. Essa é a primeira edição depois do governo Jair Bolsonaro, que deixou marcas e um legado de políticas de desmonte aos direitos das populações vulneráveis. No decorrer dos quatro anos de mandato do ex-presidente, a data foi símbolo de ataques à democracia, à independência das instituições e ameaças de golpe de Estado.
Imprensa CUT PE