segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Com juro menor, especialista do Santander aposta em renda fixa turbinada e ações de small caps


Diante deste novo patamar dos juros, que passou a Selic de 13,25% para 12,75% ao ano - segunda queda consecutiva -, Arley Junior, estrategista de Investimentos do Santander Brasil, aponta os investimentos que se beneficiam: para quem tem perfil de risco arrojado ou agressivo, ações small caps, de empresas com menor capitalização no mercado, podem ser alternativas interessantes, pois além de serem companhias ligadas à economia doméstica, ainda estão com preços abaixo do potencial. 
 
Estudo realizado pela Santander Corretora em julho mostrou que historicamente essas ações têm um desempenho melhor que o Ibovespa em momentos de sucessivos cortes de juros. Em média, o índice small caps subiu 49,5% e 66,5% em 12 e 24 meses, respectivamente. Na mesma base de comparação, o Ibovespa avançou, respectivamente, 26% e 33%.
 
“Gosto sempre de frisar aos investidores dispostos a correr um pouco mais de risco que o momento é adequado, porém deve ser um investimento de médio e longo prazo e a alocação deve ser combinada com outras estratégias no portfólio”, afirma o especialista.
 
Para quem busca diversificar a carteira, Junior aponta os fundos multimercados como opções que cumprem bem este papel. “Especialmente os fundos que buscam explorar oportunidades no Brasil e no exterior, e em vários mercados, como os de commodities, ações, taxas de juros e ativos atrelados à inflação”.
 
Ainda a renda fixa  
Apesar da queda da Selic, a taxa de juros continua num patamar elevado e a renda fixa segue nas recomendações, especialmente para quem é mais conservador ou para ajudar a equilibrar o risco da carteira de investimentos.
 
Para quem busca rentabilidade, mas topa abrir mão de liquidez, Junior indica Letras de Crédito do Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs). “Já para os investidores que buscam retornos acima da renda fixa tradicional, as opções são os títulos de créditos privados, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e as debêntures incentivadas, ou ainda fundos de renda fixa com gestão ativa”, afirma o estrategista do Santander.