O pesquisador do Cangaço e ex presidente da Fundação Cabras de Lampião de Serra Talhada, Anildomá Willans, foi nomeado, pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, para assumir o cargo de Coordenador do Escritório Estadual de Pernambuco, dentro da Diretoria de Articulação e Governança da Secretaria dos Comitês de Cultura do Ministério da Cultura. Anildomá é um conceituado historiador e pesquisador da vida de Lampião, do cangaço e também responsável pelo Museu do Cangaço de Serra Talhada.
Inclusive, Anildomá conversou com o Blog sobre a situação do Museu do Cangaço, entidade que coordena em Serra Talhada:
Como a Cabras de Lampião vê essa proposta de municipalização do Museu do Cangaço?
O museu é um espaço construído com muitos sonhos. O Museu do Cangaço é guardião da cultura e da arte da memória do cangaço. Aprendemos com a história que devemos ser teimosos. Enfrentar os poderosos e coronéis da atualidade é a sina de quem quer manter viva a memória.Quem acha ser loucura investir em cultura, é por que não sabe o preço da ignorância.
Mediante o exposto, essa proposta é indecorosa e desrespeitosa.
Além de recursos financeiros, do que o Museu realmente precisa para manter-se em funcionamento?
Precisamos das condições para manter um equipamento que guarda documentos e objetos antigos, material de expediente e de limpeza, assegurar os bolsistas – que são nove voluntários, que somando todas as contas, gira em torno de 12 mil reais.
O Cabras de Lampião está fazendo algum tipo de campanha para manter o Museu em funcionamento?
Estamos desenvolvendo uma campanha financeira que tem várias frentes de ação: Em curto prazo, emergência, doação via pix, doações de material de expediente; em médio e longo prazo, busca de emendas parlamentares e editais.