terça-feira, 15 de agosto de 2023

Antivacinismo avança no Brasil


Durante a pandemia, o tema vacina muitas vezes esteve em foco, com alguma desconfiança, algo que não acontecia antes nas campanhas.O Brasil sempre foi um modelo em vacinação. Seja pela gravidade do problema, sua urgência e a rápida preparação das vacinas, o certo é que de alguma forma o cenário vacinal ficou um tanto abalado e isso repercute até os dias de hoje. 

A baixa vacinação pode desencadear o retorno de doenças já eliminadas de nosso país. Já tivemos surtos recentes de meningite no Sudeste, bem como reapareceu caso de poliomielite nos EUA, uma questão que já estava controlada

A OMS aponta que as doenças controladas em todo o mundo voltam a ser uma ameaça. Um exemplo específico é o sarampo, que viu seus casos aumentarem em 300% (dado de 2019). A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global em 2019. O movimento antivacina tem discurso anticientífico que associa os imunizantes a efeitos colaterais graves e doenças.

Segundo o médico Eduardo Jorge, pediatra, conselheiro do Cremepe, membro do Comitê de Vacinação da Secretaria de Saúde do Estado de PE e da Câmara Técnica do Ministério da Saúde é importante alertar e ressaltar que vacinas salvam vidas, eliminam doenças e não o movimento contrário. Deixar de vacinar uma criança é colocá-la totalmente exposta, sem proteção, à ação dos mais temidos vírus.