Pais de crianças em tratamento para autismo, em clínicas credenciadas a planos e seguradoras de saúde, farão um protesto no próximo dia 31 de julho, segunda-feira. Eles denunciam o descredenciamento em massa de clínicas multidisciplinares e a suspensão dos atendentes terapêuticos (ATs). A mobilização deve durar em torno de duas horas e será pacífica. O local será a avenida Lins Petit, na Ilha do Leite, em frente ao centro administrativo da Unimed.
O grupo pede a revogação do descredenciamento de cinco clínicas pela Unimed e quer chamar atenção para os prejuízos que essa medida pode causar às crianças e adolescentes com TEA. O principal prejuízo é a quebra do vínculo terapêutico, que é a construção de uma relação de confiança entre o profissional e o paciente. Outro serviço importante para as crianças com autismo, suspenso repentinamente pelo plano Amil, foi o de atendente terapêutico (ATs). o AT é um profissional capacitado sobre as demandas terapêuticas específicas da criança na escola, como por exemplo a falta de habilidade social. Bem diferente do acompanhante escolar, que é voltado apenas às dificuldades pedagógicas.
As pessoas com autismo, pela condição, têm maior dificuldade nas interações sociais, pois precisam de rotinas pré-estabelecidas e previsibilidade. Para elas, essa quebra coloca em risco toda a evolução conquistada no tratamento. “Algumas dessas crianças e adolescentes são não-verbais, não sabem expressar sua insatisfação, chateação, ou algum tipo de incômodo que estejam sofrendo em frases e transformam isso em choro, automutilação ou acabam batendo nos outros para chamar a atenção”, desabafa o grupo de pais à frente da mobilização.