Neste
mês de julho, como uma singela homenagem a um dos alimentos mais consumidos do
mundo, é comemorado o Dia Internacional do Chocolate. Além do prazer
proporcionado ao paladar, o doce também é associado a momentos de consolo
emocional. A psicóloga Denise Rodrigues, coordenadora do curso de Psicologia da
UNINASSAU Rio de Janeiro, enfatiza a importância de compreender os limites do
uso de alimentos como fonte de prazer e ressalta os perigos de transformá-los
em alívio do desconforto pessoal.
Segundo Denise, o chocolate e outros alimentos ricos em carboidratos
podem ser considerados como formas de recompensa por conta de seus mecanismos
bioquímicos serem associados às sensações fisiológicas de prazer. A saciedade e
o relaxamento físico podem ser psicologicamente agradáveis. No entanto, é
importante ressaltar que necessitar exclusivamente desses alimentos como fonte
de conforto pode levar a uma limitação e dependência.
De acordo com a
psicóloga, nunca se deve usar um alimento como ferramenta terapêutica. “A gente
não usa nenhum tipo de comida para isso. Na realidade, tentamos sempre fazer
com que o paciente descubra outras estratégias mais funcionais e não tenha uma
relação com a dependência nem com possíveis consequências fisiológicas danosas.
Colocar uma cota de guloseimas, fazer a ingestão de forma mais lenta para o
cérebro registrar a sensação de saciedade e realizar atividades físicas são
alguns exemplos”, explica.
O chocolate está intimamente ligado às emoções e aos hábitos
alimentares, trazendo momentos de prazer e felicidade. No entanto, é preciso
estar atento para evitar possíveis prejuízos. A compreensão desses aspectos
psicológicos é positiva para uma relação saudável e equilibrada com o doce.