A perereca-verde ou perereca-araponga (Boana albomarginata) é um pequeno anfíbio, endêmica da Mata Atlântica no Brasil. Tem como principal característica a presença de uma pele vibrante, de tonalidade verde claro, com manchas de coloração alaranjada na parte interna da coxa e entre os dedos. Essas características ajudam na camuflagem entre as folhas e flores do ambiente em que vive, para assim se proteger e evitar predadores.
De acordo com a herpetóloga Ednilza Maranhão, a pigmentação verde desse animal exibe variação ao longo do dia, com tons mais claros que ajudam na camuflagem entre as folhas grandes durante o dia e tons mais escuros com pintas pretas durante a noite.
Durante a época de reprodução, os machos dessa espécie se reúnem próximo a poças d'água e emitem vocalizações potentes para atrair a atenção das fêmeas. Além disso, a vocalização também pode ser utilizada como uma estratégia de defesa, para se comunicar com outros indivíduos e alertar sobre possíveis ameaças. Muitos afirmam que essa vocalização da perereca-verde se assemelha ao grasnar de um ganso.
A Perereca-verde é uma espécie com hábitos noturnos e arborícolas, passando grande parte de sua vida nas árvores. Ela busca alimentos durante a noite e se camufla de forma discreta, tornando-se praticamente invisível para os predadores e garantindo sua sobrevivência na natureza.
Segundo a gestora do Parque Dois Irmãos, Marina Falcão, é comum encontrar essa espécie no Parque, principalmente nas áreas de bordas de mata e em seus açudes. Isso ocorre devido à presença de um habitat adequado, com áreas arborizadas e vegetação densa, que oferece recursos essenciais para sua sobrevivência, como abrigo e alimento. Além disso, o clima tropical úmido da região e as medidas de proteção e conservação do parque contribuem para a sua presença.
Toda semana, a Semas e o Parque Dois Irmãos está trazendo a história de espécies de animais de vida livre que habitam o trecho de Mata Atlântica ao redor do parque.