terça-feira, 11 de julho de 2023

Cirurgião cardiovascular explica sobre os riscos da insuficiência cardíaca


A Insuficiência Cardíaca se caracteriza por diminuir a capacidade de “bombeamento” do coração, dificultando a chegada de oxigênio aos órgãos e tecidos que são transportados através do sangue.

Por se tratar da via final comum de “agressões” sobre o coração, a doença incide de forma progressiva com o aumento da idade, acometendo mais de 10% da população senil. Pra se ter idéia, após os 55 anos, o risco de desenvolver Insuficiência cardíaca é aproximadamente 30%.  Vale ressaltar, que mesmo pacientes mais jovens e até crianças também podem ser acometidos de forma grave.

De acordo com o cirurgião cardiovascular do Real Instituto de Cirurgia Cardiovascular (Ricca), Dr. Jeú Delmondes, a doença se caracteriza por diminuir a capacidade de “bombeamento” do coração, o que dificulta a chegada de oxigênio aos órgãos e tecidos que são transportados através do sangue. É comum também ocorrer o acúmulo de fluidos nos pulmões, membros e órgãos abdominais que são percebidos como cansaço ou “inchaço” na maioria das vezes. 

“A importância de estabelecer uma data de conscientização sobre a Insuficiência Cardíaca está justamente em alertar a população para o caráter preventivo e diagnóstico precoce. Grande parte das causas podem ser evitadas ou tratadas com brevidade, o que pode mudar drasticamente não só a qualidade, mas, também o desfecho de vida desses pacientes”, esclarece.

Neste contexto, os fatores de risco cardiovasculares estão diretamente relacionados quer seja de forma independente como a hipertensão arterial ou em conjunto (diabetes, hipertensão arterial, tabagismo, dislipidemia, sedentarismo) culminando no desenvolvimento da outras doenças que podem levar à Insuficiência Cardíaca. Como exemplo, podemos citar a Doença arterial coronariana, responsável pela maioria dos infartos, que por sua fez, pode levar a um quadro de disfunção cardíaca desencadeando a síndrome. 

Outras causas incluem doenças que acometem as válvulas cardíacas (degenerativas ou inflamatórias, como a doença reumática, esta ainda endêmica na nossa região), doenças congênitas, etilismo, doenças genéticas, auto-imunes, inflamatórias (periparto), por toxicidade (tratamento de câncer, anorexígenos) e também infecciosas (mais comumente virais ou mediada por parasitas, como o Trypanossoma cruzi, responsável pelo desenvolvimento da doença de Chagas).  

Pela incapacidade do coração em se contrair e/ou relaxar adequadamente, existe um acúmulo progressivo de sangue nos pulmões, levando a intolerância ao exercício, falta de ar ao deitar, fraqueza, astenia e tosse seca.

Ainda de acordo com o Dr. Jeú Delmondes, o diagnóstico da doença é sobretudo clínico e feito através do relato dos sinais e sintomas coletados durante  a consulta com o paciente.

“O exame que estratifica a insuficiência cardíaca é o ecocardiograma, mas sua investigação também pode contemplar a presença de algumas substâncias e auxiliarem no diagnóstico, a exemplo peptídeo natriurético tipo B, conhecido como BNP. 

Parte fundamental da investigação é tentar estabelecer a causa, na tentativa de ofertar o tratamento específico e mais adequado para cada paciente”, explica. 


SERVIÇO: 

Real Instituto de Cirurgia Cardiovascular (Ricca)
Endereço:  Av. Gov. Agamenon Magalhães, 4760 – Paissandu
Instagram: @ricca_rhp

Instituto NeuroCor (InNCor) 
Endereço: 
R. Nsa Sra. de Fátima, 351 
Maurício de Nassau, Caruaru - PE
Instagram: @institutoneurocor
E-mail: Ineurocor@gmai.com