Neste mês de julho, o Centro Sabiá comemora 30 anos com o "Festival Terra, Mãe de Todas as Lutas", para festejar essas três décadas de ações pela promoção da agricultura familiar nos princípios da agroecologia. O primeiro evento do Festival acontece, nesta sexta-feira (7), no Pátio de Eventos Maestro Madureira, na tradicional Feira da Agricultura Familiar, em Triunfo, no Sertão do Pajeú.
A atividade começa às 7h, com poesia, roda de conversa com o tema: Sementes da Partilha e muito forró, com um trio pé-de-serra. Será uma manhã de partilhas e de reflexão sobre a importância das feiras agroecológicas, como um espaço de promoção e fortalecimento do comércio justo e consumo sustentável, mas também de trocas de saberes e sabores entre as famílias do campo e da cidade.
O Centro Sabiá é uma organização não governamental pernambucana, fundada no dia 9 de julho de 1993, que atua em quatro territórios do estado, além do Sertão do Pajeú, no Agreste, Zona da Mata Sul e na Região Metropolitana do Recife. A organização promove a agricultura familiar de base agroecológica, no campo e nas cidades, mas também projetos de convivência com o Semiárido, como a implementação de tecnologias sociais como as cisternas de placas e de reuso de águas cinzas, além da assistência técnica, que facilita a multiplicação de ações como o cuidado e a guarda de sementes crioulas, mercados agroecológicos, como as feiras, e tantas outras ações tendo como base o Sistema Agroflorestal.
Maria Cristina Aureliano, coordenadora geral do Centro Sabiá, ressalta os desafios da missão da instituição. “Nosso desafio é interagir com os diversos setores da sociedade civil, desenvolvendo ações inovadoras junto ao trabalho com crianças, jovens, mulheres e homens na agricultura familiar. Na perspectiva de que a sociedade viva em harmonia com a natureza e seja consciente, autônoma e participativa na construção de um modelo de desenvolvimento rural sustentável”, revelou a engenheira agrônoma.
Riva Almeida, educadora do Centro Sabiá na região deixa o convite para o Sertão do Pajeú: “quem chegar sexta-feira lá na feira, também vai dançar forró-pé-de-serra, participar de um bingo e o microfone aberto para recitar prosas e poesias, tudo no espaço da feira, para mulheres, homens, jovens e crianças do campo e da cidade”, finaliza.