Conta
pra gente sobre a sua oficina, que é bem musical, né?
O
projeto Reciclando no Viés da música é um projeto de vida, né? Eu tive a
experiência de trabalhar em teatro quando mais novo, né? Com 14, 15 anos de
idade, na Praia do Janga, no Teatro Boneca Arte e conheci também as oficinas de
Naná Vasconcelos, lá na Praia do Janga, aonde ele fazia alguns experimentos com
repercussão acabei me encantando com a parte da percussão e comecei a dar mais ênfase a essa área e eu acreditava que
seria uma coisa que que eu conhecia e que eu iria gostar mais e acabei me
descobrindo dentro desse mundo da percussão e fui parar na Igreja do Ó, lá em
Maria Farinha, pra dar minha primeira oficina, né?
De instrumento flexível e comecei a falar com algumas pessoas em ver como seria essa questão de reciclar que na época há mais de 30 anos a gente não conhecia muito a questão da reciclagem no Brasil e eu comecei a pesquisar mais e fui morar em Petrolina. Fui fazer um show em Petrolina, tô lá até hoje, sou olindense e comecei a confeccionar instrumento a partir de material reciclado. E aí, através disso, era uma oficina passou a ser um curso, né? Já fui contemplado por dois editais do Funcultura de Pernambuco, um no estado da Bahia, em Juazeiro e já é o segundo ano que eu tô aqui na Fenearte, 2021 e agora em 2023.
Pra mim é uma janela, uma porta imensa pro nosso trabalho, né? Pra gente poder mostrar as pessoas como é que você pode resgatar a música também, né? A cantiga de roda para criança e pode utilizar garrafa PET, lata de leite, enfim, é a percussão é uma coisa infinita...
Ou
seja, de qualquer objeto pode tirar música...
É
como diz o Lirinha do Cordeiro do Fogo Cantado antes dos Morros, o som. A gente
reproduz o que a natureza já tem. Então, a percussão, ela por si, ela já é
infinita. Então, a gente tem aí, podemos fazer um som de água cá em cima do
molho d'água, né? Aqui é feito com unha de carneiro e outras. Aqui a gente tem
um sonzinho mais encantador como se diz com chaves tem um que o pessoal gosta
muito pra terapia, psicólogos e tudo e o Ocean Drummes que ele imita o som do
mar E por aí vai. Aí a gente utiliza vários tipos de materiais de garrafas,
chave né? cano PVC pra fazer gás, os
sinos quem não conhece pode vim E eu tô agora confeccionando aqui com os
meninos um bongô a partir de lata de leite, né?
Que aí a gente pode tirar o som quem quiser conhecer mais o meu trabalho pode ir lá no INSTAGRAM Carranca Sonora lá tem várias dicas no YouTube eu tenho canal também é onde eu mostro alguns passo a passo pra confeccionar alguns instrumentos.