Agosto Dourado é um mês dedicado ao incentivo do aleitamento materno. Com a celebração do Dia Mundial da Amamentação, realizado anualmente em 1º de agosto. A data foi criada em 1992 pela Aliança Mundial de Ação pró-amamentação e tem como finalidade promover o aleitamento materno como melhor e mais completo alimento para a criança nos primeiros anos de vida, além de incentivar a criação de bancos de leite. A data é comemorada dentro da Semana Mundial de Aleitamento Materno, que ocorre em 120 países anualmente entre os dias 1º e 07 de agosto.
Considerado o alimento mais completo para os primeiros meses de vida, no leite materno estão contidas todas as proteínas, vitaminas, gorduras, água e os nutrientes necessários para o desenvolvimento saudável dos bebês. “A amamentação protege contra doenças, previne a formação incorreta dos dentes e problemas na fala, proporciona melhor desenvolvimento e crescimento, além de ser um alimento completo, dispensando água ou outras comidas até os seis primeiros meses de vida do bebê. Para a mãe, faz o útero voltar ao tamanho normal mais rápido e diminui o sangramento, prevenindo a anemia materna e reduzindo o risco de câncer de mama e ovários. Além de prático, sem custo adicional, não polui o meio ambiente com latas e mamadeiras”, explica a especialista em Nutrição Materno-Infantil e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Tafnes Oliveira.
Com 228 bancos de leite e 240 pontos de coleta espalhados por todo o país, o Brasil é referência internacional em doação de leite humano, utilizado principalmente para alimentar bebês prematuros e de baixo peso internados em leitos neonatais. Apesar da complexa rede instalada, os volumes doados só atendem cerca de 55% de toda a demanda, ou seja, pouco mais da metade da necessidade real. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 200 mililitros de leite podem alimentar até dez recém-nascidos.
De acordo com Ministério da Saúde, em 2022, foram coletados 234 mil litros de leite. Para se ter uma ideia, o total de leite materno alimentou 222 mil recém-nascidos e 197 mil mulheres realizaram as doações. As doações são primordiais para abastecer os bancos de leite, que atendem as unidades referência em assistência materno-infantil. Ainda segundo o Ministério, o consumo do leite humano reduz em até 13% a mortalidade de crianças menores de 5 anos, por causas evitáveis.