Remédio é um tema que gera controvérsia. Tem gente que "gosta" de tomar remédio para qualquer problema e outros que só tomam na última instância. O certo é que remédio demais faz mal à saúde, traz efeitos adversos e, se usados a longo prazo, por muitos anos, podem não mais surtir efeito, além de serem causadores de doenças. Vale alertar também para o processo de produção dos medicamentos, que às vezes podem conter impurezas e mesmo achados orgânicos. Assim, numa consulta médica, é importante o médico saber a origem daquele medicamento ingerido pelo paciente, a marca, porque o excipiente pode variar de uma para outra, mesmo quando o ativo principal é igual.
Existe uma síndrome, inclusive descrita por conta das impurezas medicamentosas, chamada "Swollen Feet Syndrom", um edema subcutâneo, que, muitas vezes, confunde os médicos com problemas renais ou cardíacos. Os pacientes recebem tratamento para esse fim sem estarem doentes e a causa é o remédio.
Numa consulta com o idoso, tudo deve ser observado: exame físico, psicoemocional, social e a ORIGEM DOS REMÉDIOS INGERIDOS e a sua periodicidade.
👉A isso, se chama de "polifarmácia do idoso", que, a partir de uma certa idade, precisa ingerir medicamentos para alguns controles de saúde e tratamentos.
Segundo a médica Flávia Goldmann, Membro da Sociedade Alemã de Geriatria, a polifarmácia é uma condição que costuma acontecer quando existem várias doenças ao mesmo tempo, levando o idoso a ser polimedicado. Quanto maior o número de medicamentos, maiores os riscos de mistura de remédios e reações adversas ou efeitos colaterais indesejados.
Em unanimidade, os médicos também concordam que, sim, é possível reduzir o excesso de medicamentos e prevenir complicações decorrentes de usos não monitorados. Para isso, o primeiro passo é levar todos os remédios e receitas para o geriatra, que é o profissional apto para "gerenciar" o idoso, fazer uma avaliação completa sobre eles e a saúde do paciente.