A audiência pública promovida pela Comissão de Saúde e Assistência Social contou com grande participação popular, além dos deputados, representantes da gestão estadual e da sociedade civil. No início da reunião, a secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti, apresentou um balanço do primeiro quadrimestre deste ano e, em seguida, foi questionada sobre vários assuntos. Um dos deputados que aproveitou bastante a presença da secretária foi Gilmar Júnior (PV).
O parlamentar, membro titular da Comissão e enfermeiro, sentiu-se em casa diante do público majoritário de profissionais da enfermagem.
Gilmar fez diversos apontamentos de falhas da gestão estadual. De acordo com o parlamentar, o Hospital de Fernando de Noronha está em péssimas condições; os dez novos leitos da UTI pediátrica do Hospital Regional de Palmares receberam equipamentos velhos; os profissionais são submetidos, em excesso, a plantões extras; o pagamento dos plantões está atrasado há quatro meses; há muita demora no chamamento de concursados.
A secretária reconheceu o problema da saúde pública em Noronha, mas não falou sobre o Hospital Regional de Palmares. Zilda também reconheceu que há plantões em excesso e atraso no pagamento e se comprometeu a regularizar a situação. A gestora também afirmou que a equipe vai se empenhar para que os aprovados nos concursos da área da saúde sejam chamados.
Gilmar Júnior perguntou se há interesse na retomada do Hospital de Retaguarda de Neurologia, que fica no Prado, zona oeste do Recife. Zilda explicou que não é possível, atualmente, retomar o funcionamento da unidade, por conta de duas questões jurídicas: o término do contrato com a Organização Social administradora e um problema judicial em relação à posse do terreno da unidade de saúde, o que impossibilita o pagamento de aluguel.
Mas o questionamento mais esperado pelo público era sobre o pagamento do piso: “Vocês já checaram o quantitativo de profissionais que vão receber o repasse do governo federal? Precisamos saber se esse número está correto, para não ter perigo de o dinheiro chegar e ser insuficiente!”. “A gente já tem boa parte desse trabalho pronto. Já foram levantados os números de servidores da nossa rede própria, mas estamos aguardando as informações das Organizações Sociais de Saúde e dos hospitais filantrópicos. O prazo dado pelo Ministério da Saúde para fazer essa atualização é até 29 de junho. Nós vamos colocar todas as informações sobre o quantitativo e esperar chegar o recurso para fazer o repasse. O senhor pode ficar tranquilo!”, assegurou a secretária.
